Sebastian Vettel afirmou nesta quinta-feira (23) que não gostaria de disputar o Grande Prêmio da Rússia de 2022, marcado para setembro. Nas últimas horas, tropas russas invadiram a vizinha Ucrânia, dando um novo passo na direção de um conflito que vem sendo articulado desde 2014.
Para o alemão da Aston Martin, a situação no Leste Europeu torna inviável a presença da Fórmula 1 em Sochi. Vettel se disse “chocado” diante das notícias e condenou o conflito.
“Acho que é horrível ver o que está acontecendo, e obviamente, se você olhar o calendário, nós temos uma corrida marcada para a Rússia”, afirmou o tetracampeão.
“Minha opinião é que não devo ir, não irei. Acho que é errado correr no país”, acrescentou.
Vettel afirmou ainda sentir muito “pelas pessoas inocentes que estão perdendo suas vidas, que estão sendo mortas por razões estúpidas e (por) uma liderança estranha e louca”. Além disso, afirmou que acredita que os pilotos deverão conversar a respeito.
A posição de Max Verstappen foi semelhante. Campeão em 2021, o holandês da Red Bull afirmou que “não é correto correr” em um país em guerra, como é o caso da Rússia.
Nas redes sociais, Pierre Gasly publicou uma foto de um bombardeio na Ucrânia. “Espero que todo mundo possa estar seguro por aí”, escreveu o francês da AlphaTauri.
A Haas é a principal representante da Rússia na grid da Fórmula 1. Embora a equipe seja norte-americana, conta com o russo Nikita Mazepin entre seus pilotos titulares. Mazepin ainda levou à equipe um forte patrocinador, que dá aos carros do time as cores da bandeira russa.
Segundo informações da imprensa europeia, a Haas tirou seu chefe de equipe, Günther Steiner, da entrevista coletiva da Fórmula 1 nesta quinta-feira. Questionado anteriormente, Steiner se negou a comentar o conflito.