Uma das principais atrações dos esportes a motor são os carros das equipes. E, no caso dos carros de Fórmula 1, não é diferente. Inclusive, a fase de lançamento é motivo de expectativa entre torcidas e comentaristas, uma vez que, a cada temporada, novas regras colocam o desempenho dos carros à prova nas pistas.
Cabe às escuderias revelar além do conceito e design, as outras características que compõem e diferenciam os seus bólidos, como formato de bico, asas, suspensões e coberturas aerodinâmicas. Tudo pensado estrategicamente para garantir a competitividade e travar batalhas emocionantes. Afinal, as engenhosas inovações das máquinas ao longo do tempo redefiniram o automobilismo mundial.
E de inovação a Fórmula 1 entende. Assim como aconteceu com os veículos automotivos, a evolução dos carros de competição foi enorme ao longo das décadas. Então vamos descobrir os momentos-chave do desenvolvimento dos carros mais velozes do automobilismo.
As primeiras grandes revoluções
Motor traseiro
No começo, por volta da década de 1950, todos os carros tinham motores na dianteira e nenhuma asa. Isso tornava os veículos bastante instáveis. Somente no final da década que a equipe britânica Cooper-Climax apresentou um novo conceito com mudança de motor dianteiro para traseiro.
Tal feito trouxe melhor tração para os carros - a traseira é pressionada quando o carro é acelerado, enquanto a dianteira é levantada. Dessa forma foi possível abaixar a posição do motorista no cockpit melhorando a aerodinâmica e alterando a dinâmica da mecânica dos carros. Com essa inovação, a equipe faturou o Mundial de 1954 com o piloto australiano, Jack Brabham.
Moldura monobloco
Outra equipe que marcou sua importância na história, a Lotus, foi uma das grandes responsáveis pelo salto na inovação dos carros de Fórmula 1. Em 1962, por meio da criação do design de Colin Chapman, foi introduzido o chassi monocoque, uma estrutura única com chapas de metal permitindo que os carros fossem mais leves, ágeis e, portanto, mais equilibrados nas curvas. O piloto da equipe, Jim Clark, fez dele um carro super vencedor na F1 conquistando os títulos nos anos de 1963 e 1965.
Sidepods
A equipe March inovou ao colocar radiadores nas laterais do carro (sidepods) e, com isso, conseguiu trazer Ronnie Peterson em 1971 em segundo lugar no mundial, à frente de grandes equipes como Lotus, Ferrari, Brabham e BRM. Nos anos seguintes, esse conceito foi imitado por todas as equipes de F1.
Quadro de fibra de carbono
Os carros de fibra de carbono trouxeram mais uma evolução para a F1 em 1981. Além de extremamente leves, eles possuem alta resistência ao impacto. O baixo peso ajudou no desempenho dos carros na corrida, reduzindo o consumo de combustível e o desgaste de pneus. Afinal, o peso é um elemento fundamental neste esporte. O projeto foi feito por John Barnard.
Motor turbo
O ano de 1983 foi “turbinado” para a Fórmula 1 com a troca do motor aspirado para o turbo. O brasileiro Nelson Piquet conquistou o lugar na história como o primeiro campeão pilotando motor turbo, o Brabham BT 52. Hoje, até os carros de entrada usam motores turbinados.
Câmbio Borboleta
Em 1988, Roberto Moreno, piloto de testes da Ferrari, foi um dos pioneiros em um dos desenvolvimentos tecnológicos mais importantes da categoria: o câmbio semiautomático. Essa inovação foi fundamental para que a Ferrari conquistasse sua primeira corrida no GP do Brasil com essa caixa de câmbio em 1989.
Esse foi um “breve pit stop” para revisitar as memórias Fórmula 1. Sim, “breve” porque o universo dessa modalidade é vasto de histórias e desafios para narrar. Mas, sem dúvidas, podemos perceber como as máquinas mudaram consideravelmente ao longo desses mais de 70 anos da categoria no automobilismo. O resultado é visto no comportamento dos carros na pista.
E você se recorda de algum desses momentos da evolução das máquinas?
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