Fórmula 1

Carros e equipamentos da Haas estão presos em Zandvoort por dívidas com ex-patrocinador

Uralkali foi parceira da equipe norte-americana em 2021, mas contrato foi rescindido no começo de 2022 e dinheiro de patrocínio nunca foi devolvido

Neste momento, a Haas está impedida de retirar seus equipamentos e carros do circuito de Zandvoort e viajar até Monza, na Itália, palco da corrida do próximo domingo. Isso porque apesar de a equipe afirmar ter feito o pagamento da dívida de US$ 9 milhões (cerca de R$ 49 milhões) que possui com o ex-patrocinador ainda na sexta-feira, o dinheiro ainda não caiu na conta em função do fim de semana. 

O impasse começou quando Uralkali, empresa russa do ramo de fertilizantes, cobrou na justiça holandesa uma dívida da equipe Haas, da qual foi patrocinadora na temporada 2021 da Fórmula 1. A Uralkali assumiu o papel de patrocinadora principal da Haas no começo de 2021 para apoiar a participação de Nikita Mazepin. No entanto, o piloto russo foi dispensado no começo de 2022 como desdobramento da invasão da Rússia a territórios da Ucrânia. O compromisso entre time e empresa, que iria inicialmente até o fim de 2022, foi rescindido.

No dia 12 de junho de 2024, uma decisão judicial na Suíça determinou que a Haas deveria indenizar a Uralkali, reembolsando parte do valor recebido no acordo de patrocínio. Na quinta-feira (22), representantes legais da empresa visitaram as instalações da Haas em Zandvoort para, na companhia de policiais, avaliar financeiramente os ativos disponíveis.

“Essa é a consequência esperada para a recusa da Haas em acatar a decisão da arbitragem determinando o pagamento e (a entrega de) um carro de corrida à Uralkali”, informou a empresa russa em comunicado enviado ao site RacingNews365. “A Haas teve mais de dois meses para implementar a decisão e, conforme previamente relatado, a Uralkali procurou representantes da Haas com opções para o pagamento e para o envio do carro, sem receber qualquer resposta substantiva.”

A Haas alegava que não poderia fazer o reembolso em função das sanções aplicadas pelos EUA a empresas Russas, o que impossibilitava a transferência de fundos. Contudo, uma saída foi fazer a transferência para uma empresa do Oriente Médio. Conforme o pagamento for comprovado pela ex-parceria, os carros e equipamentos da Haas serão liberados para seguir para Monza. 

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