O GP de Singapura é considerado um dos mais desafiadores da Fórmula 1 não apenas pelas características do Circuito Urbano de Marina Bay, mas também pelas altas temperaturas que atingem a região nesta época do ano. Neste fim de semana, da edição de 2023, os termômetros chegaram a marcar 35°C.
Por conta disso, os pilotos costumam desidratar e chegam a perder cerca de 4 quilos em líquidos durante apenas uma atividade. Em entrevista a Mariana Becker, da Band, Pietro Fittipaldi, piloto de testes e reserva da Haas, mostrou como funciona o sistema de hidratação da equipe, utilizado, com pequenas diferenças, por todas da F1.
Chamado coloquialmente de “garrafa d’água”, ele é uma espécie de mangueira fina instalada na parte de trás do banco do carro que tem ligação com o volante e o capacete. Funciona assim: o piloto pressiona um botão no volante que libera a circulação do líquido através da mangueira até o capacete para que ele consiga ingerir as quantidades de água que deseja.
Pietro explicou que não é grande fã do sistema, mas considera que pode ser necessário em condições específicas, como as de Singapura.
Tive experiências horríveis. Uma vez pressionei o botão e ficou saindo água a corrida inteira. Subia na viseira, atrapalhava, nunca mais usei
O brasileiro ressaltou que, além disso, a água não tem sistema de refrigeração e costuma ficar ”quente como chá".
Lewis Hamilton (Mercedes) e Logan Sargeant (Williams) também já afirmaram não gostar de usar o sistema. Mesmo assim, podem utilizar eventualmente para diminuir os efeitos da desidratação – já que, quando estamos desidratados, o cérebro reage de forma mais lenta, a tomada de decisões fica mais difícil e a performance tende a cair consideravelmente.
Mari Becker relembrou, por exemplo, o caso de Kevin Magnussen (na época na McLaren e hoje na Haas), que, em 2014, passou mal na mesma Singapura.
