Entre os torcedores de Gabriel Bortoleto, uma delas já sabia há muito tempo que o jovem chegaria à Fórmula 1. Aparecida Ivani Bortoleto, a avó do agora piloto da Sauber, além de torcer pelo neto, também tem o “poder” de fazer previsões.
“Vovó, vou te fazer uma pergunta: em que lugar eu vou chegar?”, questionava Bortoleto. “Vai chegar em segundo!”, respondia Aparecida. “Dito e feito! [Depois, em outra corrida] Vai chegar em quinto. E ele chegou em quinto”, recorda ela, que fez outra previsão, em entrevista ao especial da Band sobre Bortoleto.
“Vamos ouvir muito o Hino brasileiro”, diz, já imaginando o neto no topo do pódio da Fórmula 1.
Para ver Bortoleto na Fórmula 1, Aparecida teve que vencer um câncer, conforme o neto lembra, emocionado.
“Foi uma promessa. Teve uma época em que ela teve câncer. Foi muito difícil, ela fez muita quimioterapia, passou muito tempo no hospital”, lembra Bortoleto.
“Eu falei: ‘Gabriel, quando você chegar na Fórmula 1, depois, para mim, tudo bem. Pode acontecer o que for’”, conta Aparecida, que lembra de uma brincadeira com o neto.
“Ele chegou tão rápido que eu falei: ‘calma, Gabriel, não era assim também. Agora como vou fazer? Tenho que viver mais um pouco’”, recorda a avó, citando conversa com o neto, que vê na promessa uma motivação a mais para vencer a doença.
“Foi uma força para ela”, diz o piloto.
Aparecida faz o tipo de torcedora nervosa. “Eu vou de um quarto para o outro. Vou na TV, volto, pergunto… Aí não quero ouvir, mas vou na porta e pergunto como está”, narra Aparecida, que exibe um quadrinho com a pintura da palma da mão do neto ainda criança - presente da época de escola.
“Não lembrava disso, minha mãozinha quando era pequenininho. Minha avó tem boas relíquias: o primeiro macacão, a primeira luvinha…”, diz Bortoleto, derretido pela avó, que tem mais uma previsão a fazer.
“Bibi, tudo isso que está acontecendo é merecimento seu. Foi um trabalho árduo. Você vai ser campeão da Fórmula 1, e a vovó vai estar lá para ouvir o Hino Nacional brasileiro”, diz Aparecida.