Mattia Binotto foi anunciado em julho de 2024 como diretor de operações da Sauber, já na transição que abrirá as portas para a entrada da Audi como equipe de fábrica na Fórmula 1 a partir de 2026.

Ao chegar, no entanto, foi surpreendido pelo cenário que encontrou. Segundo ele, a equipe – que até então não havia somado pontos na temporada – não tinha qualquer plano de desenvolvimento a curto e médio prazos.

“Tudo estava focado apenas em 2026. Mas isso era um problema para mim de certa forma, porque acho que a equipe precisa sempre lutar na pista”, afirmou o dirigente, em entrevista publicada nesta sexta-feira (20) pelo site da revista Autosport. “Quando eu cheguei em agosto, de verdade, parecia um time que estava quase congelado.”

Ainda de acordo com Binotto, o primeiro passo foi manter os planos para que a Audi brigue entre as primeiras posições no futuro, mas trabalhando para desenvolver a Sauber ainda em 2024. Desta forma, acredita, a transição seria mais suave.

“Podemos ter sucesso na próxima temporada? De jeito nenhum. Podemos em dois anos? De jeito nenhum, porque não teremos as pessoas nos lugares (certos), não teremos as instalações nos lugares (certos) e as ferramentas necessárias”, projetou. “(O objetivo) é melhorar e melhorar a cada temporada, simplesmente isso.”

A Sauber terminou o Mundial de construtores na última colocação, somando quatro pontos graças ao oitavo lugar de Guanyu Zhou no GP do Catar. O resultado, no entanto, pouco animou Binotto, que espera uma evolução mais sólida em 2025.

“O importante da temporada não foi o fato de não terminar com zero ponto, porque ser décimo com zero ou quatro pontos não muda muito”, disse. “Mas, para nós, era mais (Importante) garantir que tínhamos uma direção apropriada de desenvolvimento para a próxima temporada também”, completou.