Banido por "Singapuragate", Flavio Briatore volta à F1 como consultor da Alpine

Italiano era o chefe da equipe Renault no episódio em que Nelson Piquet Jr. bateu de propósito no GP de Singapura para favorecer Fernando Alonso, em 2008

Da redação

Flavio Briatore no GP do Bahrein de 2024
REUTERS/Hamad I Mohammed/File Photo

Um dos pivôs do escândalo conhecido como Singapuragate, Flavio Briatore volta à F1 como consultor da equipe Alpine. O italiano foi contratado pelo CEO do Grupo Renault, Luca de Meo, para o cargo de conselheiro executivo da equipe francesa. 

“A BWT Alpine F1 Team pode confirmar que Flavio Briatore foi nomeado pelo CEO do Grupo Renault, Luca de Meo, como seu Conselheiro Executivo para a Divisão de Fórmula 1", divulgou a equipe em nota. 

Segundo a Alpine, Briatore "se concentrará predominantemente nas áreas de alto nível da equipe, incluindo a seleção dos principais talentos e o fornecimento de insights sobre o mercado de pilotos, desafiando o projeto existente, avaliando a estrutura atual e aconselhando sobre alguns assuntos estratégicos dentro do esporte.”

A trajetória do italiano na F1 inclui o sucesso da equipe Benetton, com os dois primeiros títulos de Michael Schumacher na F1, em 1994 e 1995, e o bicampeonato de Fernando Alonso na Renault, em 2005 e 2006. Contudo, o trabalho de Briatore na Renault foi encerrado de forma desastrosa em 2009. 

Por causa do Singapuragate, Briatore chegou a ser banido do esporte pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Contudo, Flavio conseguiu reverter a decisão em 2010 nos tribunais franceses. 
 

O que é o escândalo de Singapuragate?

O Singapuragate é considerado o maior escândalo da Fórmula 1, a principal categoria do automobilismo mundial. Tudo aconteceu no GP de Singapura, a 15ª corrida da temporada de 2008.

Nelson Piquet Júnior, filho do tricampeão mundial Nelson Piquet, pilotava pela Renault ao lado de Fernando Alonso. A pedido do chefe Flavio Briatore e do engenheiro Pat Symonds, ele colidiu intencionalmente na curva 14 do circuito.

A batida forçou o safety car, que acabou ajudando o espanhol Fernando Alonso a vencer a corrida e indiretamente prejudicou Felipe Massa.

Com bandeira amarela, o brasileiro entrou nos boxes. Acontece que a Ferrari liberou o piloto com a mangueira de reabastecimento ainda presa ao carro. Com o erro da equipe italiana, Massa despencou na classificação e não pontuou na corrida. De quebra, ele ainda foi punido por quase tocar em Adrian Sutil, da Force India-Ferrari, ao ser liberado de forma insegura na parada.

Consequências e punições após o Singapuragate

A batida proposital de Nelsinho Piquet no muro do circuito de Singapura, a mando do chefe da equipe, Flavio Briatore, rendeu punições severas.

Briatore foi banido definitivamente da F1, Pat Symonds suspenso por cinco anos e Nelsinho Piquet viu encerrar logo em seguida a sua promissora carreira na categoria. Apenas Fernando Alonso, o grande beneficiado, e que tinha conhecimento do plano, como ficou comprovado, seguiu ileso.

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