Audi anuncia ex-Red Bull como piloto de simulador para desenvolver projeto de F1

Neel Jani vai trabalhar no desenvolvimento das unidades de potência da marca alemã

Da redação

A Audi fechou um contrato com o suíço Neel Jani para trabalhar como piloto do simulador da marca, em programação para o desenvolvimento de motores do projeto alemão para a Fórmula 1. A informação foi anunciada nesta quarta-feira (22) pela fabricante e pelo piloto.

A Audi será parceira da Sauber em uma equipe na F1 a partir de 2026, quando a categoria estreia um novo regulamento, considerado mais sustentável. Até lá, a Sauber deve operar a equipe com o próprio nome, após encerrar a parceria com a Alfa Romeo no final de 2023.

“Assim como no desenvolvimento da produção, a simulação desempenha um papel importante em nosso projeto de Fórmula 1. Nosso simulador é uma ferramenta importante para o desenvolvimento da unidade de potência. Requer um piloto de desenvolvimento que, além de domínio da tecnologia, traga uma experiência versátil para o projeto, especialmente em termos de gerenciamento de energia em condições de corrida”, explicou Oliver Hoffmann, membro do Conselho de Administração para Desenvolvimento Técnico da Audi AG.

“No momento, estamos focados principalmente em questões de conceitos fundamentais com alta relevância para o desempenho. No entanto, ao avaliar várias soluções técnicas, não contamos apenas com métodos digitais. Know-how, experiência e desenvolvimento praticamente relevante são elementos indispensáveis para tirar as conclusões corretas da simulação. Com essa combinação, podemos avaliar várias estratégias operacionais em um estágio inicial e preparar o caminho para o gerenciamento eficiente de energia da unidade de potência”, acrescentou Adam Baker, CEO da Audi Formula Racing GmbH.

Neel Jani foi integrante do Red Bull Junior Team em 2005 e 2007, temporadas em que disputou a GP2 (atual Fórmula 2) e a ChampCar (uma das antigas divisões da Fórmula Indy), enquanto participava de testes com a Red Bull. Em 2006, foi piloto de testes da Toro Rosso (atual AlphaTauri), com participações nos treinos livres das sextas-feiras. Além disso, correu provas da Fórmula E nas temporadas 2017/2018 e 2019/2020.

Longe da F1, construiu uma carreira de resultados sólidos nas corridas de resistência. Entre outras categorias, competiu no Mundial de Endurance entre 2012 e 2021, no qual foi campeão em 2016 – mesmo ano em que venceu as 24 Horas de Le Mans. Aos 39 anos, o suíço se mostrou animado com o acerto.

“Estou muito feliz em acompanhar a Audi em seu caminho para a Fórmula 1. É uma honra e uma grande responsabilidade estar envolvido em um projeto dessa magnitude em um estágio inicial. Tenho certeza de que, com minha experiência em projetos de Fórmula 1 e LMP (sigla para Protótipos de Le Mans), posso estabelecer bons vínculos entre teoria e prática”, comemorou.

A Audi tem realizado testes de motores de um cilindro desde o fim de 2022, com “resultados valiosos” para o desenvolvimento da unidade de potência que pretende adotar na Fórmula 1. A tendência é que a primeira unidade de energia híbrida (com motor de combustão interna, motor elétrico, bateria e controle eletrônico) esteja em funcionamento antes do fim de 2023.

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