A Fórmula 1 adotou, em 2014, os motores híbridos em todos os carros. Desde então, a Mercedes dominou os campeonatos, conquistando todos os títulos de pilotos e de construtores – são sete consecutivos.
Porém, neste ano, a escuderia alemã não conseguiu ser dominante como nas temporadas anteriores. A Red Bull tem desafiado a equipe de Toto Wolff tanto no mundial de pilotos – com a briga entre Max Verstappen (Red Bull) e Lewis Hamilton (Mercedes) –, quanto no mundial de escuderias, já que tem uma equipe mais entrosada com a participação de Sergio Pérez (Red Bull).
“Como equipe, acho que somos melhores. Conseguimos superar esse desafio e vencemos mais corridas até aqui. Tivemos um pouco de azar ao longo do caminho, mas quem colocou a Mercedes nesta posição nos últimos sete anos?”, questionou Christian Horner, chefe da Red Bull, em entrevista para rede de televisão britânica Channel 4.
O fato de a Mercedes não estar mais sozinha na briga pelos campeonatos é algo que tem motivado não só os fãs ávidos por disputas acirradas, mas também a Red Bull.
“Eles nunca estiveram assim. Estamos curtindo a luta, a competição. Se conseguirmos, ou até mesmo só um [dos campeonatos] em Abu Dhabi, isso seria provavelmente nossa maior conquista”, completou Horner.
A briga ferrenha pelos títulos fez com que as duas equipes se adaptassem ao longo da temporada. A Red Bull buscou a todo momento fortalecer o seu motor para conseguir igualar a Mercedes na velocidade média de corrida, especialmente nos trechos em linha reta. Já a equipe alemã fez ajustes na asa traseira para torná-la mais agressiva, melhorando a aerodinâmica do carro e a abertura da asa DRS.
Um jogo de xadrez que tem, em cada ponta do tabuleiro, dois grandes estrategistas: Horner pela Red Bull e Wolff pela Mercedes.
“Acho que o que nos deixou realmente encorajados no Catar foi a velocidade em linha reta [da Mercedes] estar alinhada com o nosso carro. Isso é encorajador para as duas últimas corridas”, disse o chefe da escuderia austríaca.
“Estou satisfeito em ir para as últimas duas corridas na frente, pois agora estamos na fase decisiva. O circuito de Jeddah será fascinante. Sentimos que é de alta velocidade como Baku, então pode ser interessante”, completou.
O próximo capítulo desse intenso duelo começará na sexta-feira (3), no Circuito Urbano de Jeddah, na Arábia Saudita. Será a estreia do GP no calendário da Fórmula 1 e o traçado promete ser desafiador, já que tem 27 curvas e a velocidade média máxima pode chegar a 250 km/h (a maior dos circuitos de rua).
A corrida será no domingo (5), às 14h30 (horário de Brasília), com cobertura completa do Grupo Bandeirantes.