É claro que a temporada de 2025 oferece motivos de sobra para a gente acompanhar a Fórmula 1. Vai ter Lewis Hamilton na Ferrari, vai ter Gabriel Bortoleto na Sauber, vai ter novidade na Mercedes, na Red Bull, na Williams… Então, não vai faltar razão para acompanhar o campeonato, e você já sabe disso.
Mas se você gosta de outras categorias, também tem motivos para acompanhar mais campeonatos, especialmente nas categorias de formação.
Nos últimos anos, os títulos de Felipe Drugovich (2022) e Gabriel Bortoleto (2024) atraíram os olhares do torcedor brasileiro à Fórmula 2. E embora a categoria comece 2025 sem pilotos brasileiros no grid, tem muito nome de talento em quem vale a pena ficar de olho. E tem até piloto que já chega pressionado a mostrar a que veio.
Ah, mas é piloto brasileiro que você quer? Tem também, e já vale a pena você se atentar para não se surpreender no futuro.
Confira 12 nomes para ficar de olho em 2025:
Alex Dunne (IRL)
O irlandês foi campeão da Fórmula 4 britânica em 2022, mesmo ano em que foi vice na Fórmula 4 italiana. Em 2023, foi vice também na GB3. Foi o suficiente para entrar no radar de gente importante.
Em 2024, foi para a Fórmula 3, com resultados discretos. Mesmo assim, entrou para a academia da McLaren, ganhando chances com a marca: foi promovido para a Fórmula 2 e virou reserva da equipe da organização na Fórmula E.
Arvid Lindblad (GBR)
O britânico entrou para o programa de formação da Red Bull em 2021, ainda no kart. E os resultados apareceram: foi terceiro na Fórmula 4 italiana (2023), quarto na Fórmula 3 (2024) e campeão da Fórmula Regional da Oceania (2025).
Em 2025, chega à Fórmula 2 pela Prema como candidato ao título. Já andou tento até chances de pilotar pela Red Bull em exibições, e não será surpresa se pintar em algum treino livre da F1 ao longo do ano.
Dino Beganovic (SUE)
Sueco de ascendência bósnia, Dino Beganovic é integrante da Academia de Pilotos da Ferrari desde 2020. Desde então, teve altos e baixos - no melhor momento, foi campeão da Fórmula Regional Europeia em 2022.
Desde então, disputou duas edições do campeonato da Fórmula 3, com resultados discretos. Ainda assim, em 2024, estreou nas últimas etapas da Fórmula 2 e conseguiu um pódio. Em 2025, será titular da Hitech, que tem brigado pelas primeiras posições.
Doriane Pin (FRA)
A francesa tem se dividido entre as corridas de endurance e de monopostos. No endurance, tem mostrado bons resultados, com participações de destaque no WEC e na ELMS. Nos monopostos, parece que chegou a hora de brilhar.
Em 2021, foi vice-campeã da F1 Academy, perdendo o título para Abbi Pulling. Sem a britânica, Doriane surge como principal candidata ao título. Vale lembrar: integra o programa de formação de pilotos da Mercedes.
Gabriele Mini (ITA)
Desde que chegou aos monopostos, Gabriele Mini tem empilhado taças. Em 2020, foi campeão da Fórmula 4 italiana. Em 2022, foi vice-campeão da Fórmula Regional Europeia. Em 2024, foi vice na Fórmula 3.
Em 2025, será titular da Prema na Fórmula 2. Em 2024, disputou uma etapa na F2 pela equipe e não decepcionou: substituiu Oliver Bearman na rodada de Baku e conseguiu um pódio com o terceiro lugar na corrida sprint.
Leonardo Fornaroli (ITA)
Em 2023, Leonardo Fornaroli era companheiro de equipe de Gabriel Bortoletto na Trident e viu o brasileiro ser campeão da Fórmula 3. Em 2024, enquanto Bortoletto foi para a F2, Fornaroli seguiu na Trident para disputar a F3 - e também foi campeão.
Em 2025, o italiano segue os passos do ex-companheiro e disputará a Fórmula 2 pela Invicta - justamente a equipe pela qual Gabriel Bortoleto foi campeão. Vai fazer bonito com o carro número 1 do grid?
Martinius Stenshorne (NOR)
O norueguês foi vice-campeão da Fórmula Regional Europeia em 2023, ano de estreia na categoria - o título ficou com Andrea Kimi Antonelli. Em 2024, disputou a Fórmula 3 pela Hitech, com resultados discretos, terminando o campeonato em um apagado 18º lugar.
Em 2025, Stenshorne e Hitech renovaram a parceria em clima de tudo ou nada. É a grande chance do norueguês para se firmar e mostrar que é candidato a uma vaga na Fórmula 2 no fim do ano.
Noel León (MEX)
O mexicano empilhou títulos nos monopostos da América do Norte antes de chegar ao automobilismo europeu em 2022. Desde então, o melhor momento foi o título da Euroformula em 2023.
Teve um 2024 apagado na Fórmula 3, mas fechou a temporada com o terceiro lugar no GP de Macau. Em 2025, é uma das apostas da equipe Prema para fazer bonito. É mais um que chega pressionado, mas que deve ter material para entregar bons resultados.
Pepe Martí (ESP)
O espanhol não teve tantos bons momentos assim na carreira - no auge até aqui, foi vice-campeão da Fórmula Regional Asiática em 2022, em um campeonato no qual não venceu corridas. Desde 2023, no entanto, integra a academia de formação de pilotos da Red Bull.
De lá para cá, estreitou a relação com a Campos Racing, equipe que tem acolhido pilotos do programa da organização austríaca. Em 2023, foi quinto colocado da Fórmula 3. Em 2024, teve uma temporada de estreia apagada na F2. Em 2025, busca a grande oportunidade na categoria - correndo ao lado de Arvid Lindblad, outro integrante do Red Bull Junior Team. É tudo ou nada..
Rafael Câmara (BRA)
Integrante da academia de formação de pilotos da Ferrari, o pernambucano vem de resultados impressionantes desde que trocou os karts pelos monopostos. Em 2022, na Fórmula 4, foi segundo colocado no campeonato dos Emirados Árabes e terceiro nos torneios da Itália e da Alemanha. Em 2023 e 2024, foi terceiro na Fórmula Regional do Oriente Médio.
Também em 2024, foi campeão da Fórmula Regional Europeia. Agora, em 2025, vai correr na Fórmula 3 pela Trident, justamente a equipe da qual vieram os últimos campeões da categoria: Gabriel Bortoleto (2023) e Leonardo Fornaroli (2024).
Sebastián Montoya (COL)
Sim, é o filho de Juan Pablo Montoya - e tenta mostrar que pode ser mais do que um sobrenome famoso nas pistas. Desde 2020, quando estreou nos monopostos, ficou no quase: chegou perto do protagonismo, mas ficou pelo caminho vendo os outros brilharem.
Nos melhores momentos, foi quarto colocado da Fórmula 4 italiana em 2021 e sétimo na Fórmula Regional Asiática em 2022. Tem conseguido correr por equipes bem organizadas nas categorias de acesso, como Campos e Hitech. Em 2025, estreia na Fórmula 2 como titular da Prema, pela qual correu a Freca em 2022 sem brilho. Chegou a hora de sair do quase?
Ugo Ugochukwu (EUA)
Oriundo de uma família de sucesso no mundo da moda, o norte-americano é uma aposta a longo prazo da McLaren - é integrante da academia da equipe desde 2021, sendo o mais antigo participante da formação atual do projeto.
Nas pistas, Ugo tem correspondido às expectativas. Foi campeão da Euro 4 (a Fórmula 4 europeia) em 2023 e vencedor do tradicional GP de Macau de Fórmula 3 em 2024, além de vice-campeão da Fórmula 4 italiana em 2023. Em 2025, estreia na Fórmula 3 pela Prema, e deve ter condições de brigar pelas primeiras posições.