Na reta final de sua (última?) passagem pela Fórmula 1, Antonio Giovinazzi vem se adaptando aos novos desafios que terá na Fórmula E.
Companheiro do brasileiro Sergio Sette Câmara na Dragon/Penske a partir de 2022, o piloto italiano realizou nesta semana seus primeiros testes com o carro da nova equipe.
Foram dois dias de atividades no circuito Ricardo Tormo, em Valência (Espanha). Tempo suficiente para descobrir algumas novidades a bordo do Penske EV-5.
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“É tudo completamente diferente, mas eu estava esperando por isso”, disse o italiano, titular da Alfa Romeo na Fórmula 1 entre 2019 e 2021, em entrevista coletiva na terça-feira (30).
“Na segunda-feira (29), tive minhas primeiras voltas com o carro, e hoje (terça, 30) foi nossa primeira simulação de corrida, então a oportunidade está aí para aprender muitas coisas”, acrescentou, mirando “mais dois meses de trabalho” para continuar evoluindo.
Entre as novidades na nova categoria, a falta de barulho dos motores elétricos foi uma das que mais impressionaram o italiano. Mas não a única.
“Eu pilotei muitos tipos diferentes de carros, da LMP2 ao GT e à Fórmula 1, e então entrei nesse carro e tudo parece tão diferente – especialmente a frenagem, o downforce e a falta de barulho. Eu esperava que seria bem difícil, mas é ainda mais difícil.”
Nos dois dias de testes, em 29 e 30 de novembro, Antonio Giovinazzi deu 147 voltas no circuito valenciano. No primeiro dia, foi o 15º mais rápido (entre 22 pilotos), a 2s512 da melhor marca do dia: 1min26s769, de Antonio Felix da Costa.
No dia seguinte, foi o 17º, mas com um desempenho melhor: ficou 0s849 do melhor tempo do dia, 1min26s045, do belga Stoffel Vandoorne. Agora, o foco é nas duas últimas corridas que tem pela frente com a Alfa Romeo na F1, na Arábia Saudita e em Abu Dhabi.
Depois disso, despede-se do time, que contará com o chinês Guanyu Zhou em seu lugar. O companheiro de Zhou será o finlandês Valtteri Bottas, substituto de Kimi Raikkonen, que se aposenta no fim do ano.
Com a estreia da temporada 2022 da F-E marcada já para janeiro, com uma rodada dupla em Riad (Arábia Saudita), Giovinazzi corre para se adequar ao novo time. “Ainda tenho que correr pela Fórmula 1, e então teremos o Natal. Mas quero conseguir muita quilometragem no simulador e trabalhar. Não é muito tempo, e a gente sempre quer mais, mas é assim que as coisas são”, disse.
Emanuel Colombari é jornalista com experiência em redações desde 2006, com passagens por Gazeta Esportiva, Agora São Paulo, Terra e UOL. Já cobriu kart, Fórmula 3, GT3, Dakar, Sertões, Indy, Stock Car e Fórmula 1. Aqui, compartilha um olhar diferente sobre o que rola na F-1.