Torcedores mais recentes talvez não se lembrem de Norberto Fontana na Fórmula 1.
Em 1997, o argentino fez parte de um “rodízio” de pilotos que correram ao lado de Johnny Herbert na Sauber. Foram quatro corridas naquele ano, contra cinco do italiano Nicola Larini e oito Grandes Prêmios de Gianni Morbidelli.
Depois da F1, Fontana passou por categorias como o JGTC (o campeonato japonês de carros de turismo) e a Cart (aquela antiga “metade” da Fórmula Indy). De volta à Argentina, correu pelas tradicionais categorias locais de turismo e até disputou uma edição do Dakar.
Foi já neste período pós-Fórmula 1 que Fontana teve um capacete roubado. Em 1998, o equipamento foi levado durante um assalto à casa da mãe dele, na cidade de Arrecifes, a cerca de 180 km de Buenos Aires.
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Obviamente, depois de mais de duas décadas, o capacete já era dado como perdido. Mas não é que Fontana conseguiu recuperá-lo?
“Incrível o que aconteceu hoje. Eu sabia que ele iria aparecer em algum momento, e ele apareceu depois de 23 anos”, registrou Fontana ao publicar a história no fim de semana em sua conta no Instagram.
“Me roubaram este capacete em 1998, em Arrecifes, quando a cidade estava recebendo a ExpoChacra (uma feira agropecuária local). Pararam um caminhão na porta da casa de minha mãe e levaram algumas coisas – entre elas, o capacete. Este era o capacete que eu usava para fazer testes na Fórmula 1, e inclusive usei nos testes de Mugello (Itália) e Estoril (Portugal)”, acrescentou.
No sábado (29), o também piloto Christian Bodrato Mionetto andava por Buenos Aires quando viu o capacete. Reconhecendo como sendo o de Fontana, e avisou o amigo.
“Hoje (sábado), às 12h, o amigo e craque Christian Bodrato Mionetto encontrou ele em Buenos Aires. Uma loucura. Me mandou um vídeo de uma moça na porta de um banco e me disse: ‘Norber, este capacete não é seu?’. Eu respondo: ‘Sim, sim, é meu’, e contei a história do roubo”, completou.
Fontana então pediu a Mionetto que fizesse o possível para recuperá-lo. O amigo foi até a mulher que usava o equipamento e conseguiu leva-lo de volta a Fontana – que, feliz publicou a história nas redes sociais.
Emanuel Colombari é jornalista com experiência em redações desde 2006, com passagens por Gazeta Esportiva, Agora São Paulo, Terra e UOL. Já cobriu kart, Fórmula 3, GT3, Dakar, Sertões, Indy, Stock Car e Fórmula 1. Aqui, compartilha um olhar diferente sobre o que rola na F-1.