Um dia depois de o Lyon ser proibido de contratar jogadores e ser ameaçado de rebaixamento, John Textor, dono do clube francês, realizou uma coletiva de duas horas neste sábado (16) para explicar a situação do clube e do Eagle Group, holding que administra também o Botafogo e o Crystal Palace, da Inglaterra.
Segundo o bilionário, não “há chance” do time ser rebaixado por causa das suas dívidas, apesar da ameaça da Direção Nacional de Controle e Gestão (DNCG) da Liga de Futebol Profissional da França (LFP).
“Não seremos rebaixados, não há chance. Eu sei que há alguns céticos. Eu pessoalmente prefiro o sistema da Premier League, que pune as equipes de modo diferente. Nós temos que recursos que vão muito além do clube. Mesmo que fracassemos em todos os nossos projetos, os investidores não vão deixar o time falir”, disse.
A punição ocorre devido a uma dívida de 100 milhões de euros do Lyon (cerca R$610 milhões). Ela faz com que o prejuízo do Eagle Group, incluindo o Fogão, chegue 505 milhões de euros (cerca de R$ 3 bilhões).
A crise fez com que os dirigentes do futebol francês proibissem o Lyon de contratar jogadores e o ameaçou de rebaixamento no fim da temporada se não melhorar significativamente a sua condição financeira.
Textor já pretende vender 45% das suas ações no Crystal Palace, com resto podendo vir de vendas de atletas do Lyon e Fogão.
Segundo o jornal L’Équipe, o plano de Textor é investir 75 milhões de euros (cerca de R$ 457 milhões em dezembro, para ajudar a resolver a situação com a liga francesa. Outros 40 milhões de euros (cerca de R$ 244 milhões) serão colocados quando a venda do Crystal Palace for concluída.
Textor ainda anunciou que planeja injetar em 2025 100 milhões de euros (cerca de R$ 610 milhões) e o capital obtido com a venda de jogadores do grupo.