António Oliveira admitiu preocupação com o momento do Corinthians depois da derrota para o Palmeiras por 2 a 0 nesta segunda-feira (1º).
O português pediu para que o elenco transforme a “revolta” em um triunfo já na próxima rodada do Brasileirão.
“Acredito muito nos meus jogadores, hoje se entregaram, precisamos parar de errar, é evidente. Mas já não podemos adiar mais. E eu tenho convicção de que o Corinthians vai atingir seus objetivos. É evidente que estamos tristes, que é uma fase desafiante, que eu sinto a dor do torcedor. Vamos perceber o que o nosso trabalho, aquilo que acreditamos. É o que vai trazer a estabilidade para o Corinthians”, disse o técnico.
Estamos preocupados, não nos passa ao lado, somos gente responsável e estamos revoltados, mas vamos transformar essa revolta em rendimento no próximo jogo, para conquistar os três pontos. São as vitórias que vão devolver a nossa confiança - António Oliveira.
"O que não me agrada, e que me revolta, são as ‘não vitórias’. E o que vamos em busca na quinta-feira, sem adiar mais, são as vitórias. Porque elas vão trazer confiança. Todos os departamentos estão em um espírito grande de devolver à glória, de dar uma estabilidade ao Corinthians e principalmente voltar a ver felizes os torcedores, que nos apoiam de forma fantástica.
O Timão tem uma vitória em 13 jogos do Brasileirão e, com isso, ocupa a 19ª colocação na tabela. Na próxima quinta-feira, a equipe paulista recebe o Vitória na Neo Química Arena.
Outras respostas do António Oliveira
Pressão no cargo
Volto a repetir aquilo que disse em outra entrevista. Não me convida para o pão e circo, honestamente eu percebo que querem incêndio, audiência. Para isso, chama o presidente ou o Fabinho. Eu sou técnico de futebol, não sou administrador de um clube. Vocês têm que fazer essa questão a quem é líder direto, respeito a sua pergunta, mas estou completamente fora e não quero entrar nisso.
Resultado não condiz com desempenho em campo
É importante falarmos do jogo, entre dois emblemas importantes do futebol brasileiro em momentos completamente distintos. Uma equipe muito estável e outra equipe em busca de chegar a sua estabilidade, sabemos do caminho a percorrer. Evidente que estamos tristes, acho que a equipe fez um primeiro tempo muito equilibrado, e depois acaba por sofrer um gol de fortuito do adversário, que eu nunca tinha visto. Quando a sorte está assim... Estamos tristes, como é evidente, preocupados, como é evidente, mas em nenhum momento desesperados, porque sabemos o nosso caminho e o que estamos a fazer. Mesmo com todas as dificuldades, a equipe se portou da melhor forma, foi competitiva. O jogo foi no detalhe, duas bolas paradas... Mas o resultado, na minha opinião, não mostra o que foi os 90 minutos.
Convicção em mudanças
Foi um jogo em que o resultado não espelha o que foi o desempenho da equipe, e isso determina muito a convicção do que é o trabalho e a mobilização dos jogadores dentro daquilo que eles também acreditam. Isso faz parte do treinador, temos as nossas responsabilidades e na quinta-feira vamos estar lá, com o nosso treinador, para acabar com o jejum de 64 dias sem vencer no Brasileiro.
O que não funcionou no Dérbi
Bola parada não deu certo. Foi ela que determinou o jogo. O adversário chuta no gol e ela bate no jogador que abaixo a cabeça, um lance fortuito. E o escanteio, onde o adversário aproveitou a falta de atacar a bola na primeira trave. De resto, a estratégia foi seguida, vocês viram a primeira parte.
Substituição de Wesley
Eu dei 15 minutos a mais [no segundo tempo], porque comeu banana, gel. Estava em sofrimento, foi um jogador que esteve e fez um bom jogo. ‘O treinador é maluco, tirou o Wesley’. Ele não é um super-homem, ele pediu para sair. Da mesma forma que o Raniele pediu para sair. Aqui não têm super-homens, eles são seres humanos que dão tudo pela instituição. Foram trocas porque os jogadores estavam já fragilizados.
Garro e Coronado
São jogadores que têm tido alguns problemas físicos, portanto não têm regularmente treinado, de forma efetiva, temos que gerir os jogadores. O campeonato não vai acabar aqui, e dentro das dificuldades de um elenco mais curto de opções, não podemos a esta altura perder jogadores. O que eu quero é ver jogadores voltarem, como foi o Pedro Henrique, ver o Fagner regressar. É ver o esforço do presidente e do diretor executivo que estão a trabalhar para reforçar cada vez mais a equipe. E, no final, como estamos dentro de todas as competições, vamos atingir o objetivo dentro do Campeonato Brasileiro e quem sabe, numa perspectiva melhor, dar um tiro em uma Copa qualquer.
Reforços
Às vezes as coisas podem não ser como nós queremos, portanto, são situações que não conseguimos controlar. Quando existe menos capacidade financeira, temos que ser mais criativos. Eu, como treinador, gostaria de ter jogadores aqui, porque a janela vai abrir e já gostaria de utilizá-los. O presidente e o diretor executivo têm feito um trabalho, de poder dar as condições ao treinador, continuam dando todas as condições. Acredito muito nos meus jogadores, hoje se entregaram, precisamos parar de errar, é evidente. Mas já não podemos adiar mais. E eu tenho convicção de que o Corinthians vai atingir seus objetivos. É evidente que estamos tristes, que é uma fase desafiante, que eu sinto a dor do torcedor. Vamos perceber o que o nosso trabalho, aquilo que acreditamos. É o que vai trazer a estabilidade para o Corinthians.
Momento é preocupante?
De 13 para 38 [rodadas], ainda falta muito ponto. Vocês só estão a olhar para a classificação, mas eu estou a olhar para outro objetivo. É evidente que impacta muito uma notícia ‘Corinthians, na zona do rebaixamento’, mas somos pessoas responsáveis, todos nós, eu, comissão, diretoria, sabemos muito bem o que viemos aqui a fazer e a responsabilidade de gerir um clube dessa dimensão.
Críticas a Daronco
E temos o nosso amigo Daronco, que gosta disso [jogo parado], porque está um bocadinho mais inchado, então quer sempre que o jogo esteja parado. Não quero justificar o resultado por causa do senhor Daronco, mas vejam o tempo útil depois da expulsão.