Na beira do campo em Wembley, o técnico Carlo Ancelotti ganhava abraços e cumprimentos após ganhar mais um título da Liga dos Campeões da Europa - o quinto da carreira como treinador -, com a vitória por 2 a 0 do Real Madrid sobre o Borussia Dortmund, neste sábado (1). Somando os dois canecos como jogador, o italiano chega a sete troféus da Champions e se tornou o maior campeão da competição.
Curiosamente, o italiano poderia estar neste exato momento em outro lugar, caso tivesse aceitado o convite da CBF para assumir a Seleção Brasileira. Precisamente se preparando para a disputa da Copa América.
Ancelotti disse “não” ao chamado da Amarelinha, e renovou com o Real Madrid. A CBF demitiu Fernando Diniz, então interino, e contratou Dorival Junior, então no São Paulo.
Em uma novela que durou quase um ano, praticamente desde a saída de Tite, em fins de 2022, Ancelotti evitava falar do assunto publicamente, o que aumentava os rumores. Pelo lado da CBF, o presidente Ednaldo Rodrigues chegou a dar entrevista tratando a contratação como certa. Até que em dezembro de 2023, o Real anunciou o acerto com o italiano até o meio de 2026.
De contrato novo e promessas de muitos reforços, Ancelotti ficou e ganhou o 15ª título de Champions do Real. Na fatura pessoal, a distância para os colegas aumentou.
Recordes
Com o quinto caneco da Liga dos Campeões como técnico - três com o Real e dois com o Milan -, Ancelotti tem como rivais mais próximos o espanhol Pep Guardiola, o inglês Bob Paisley e o francês Zinedine Zidane, todos com três conquistas.
Além disso, Ancelotti tem dois títulos de Champions como jogador com o Milan. Com a conquista deste sábado, o italiano se torna o boleiro com o maior número de títulos da competição somando as carreiras de técnico e jogador.
Agora são sete troféus do italiano, que supera a lenda madridista Francisco Gento, campeão seis vezes como jogador - todas pelo Real. Curiosamente, junto dele estão Nacho, Toni Kroos, Modric e Carvajal - todos do clube merengue.