Zeca Camargo faz 60 anos e diz como se vê “fora da caixa”: "Gosto da provocação"

Apresentador da Band se reinventa na comunicação e revela motivação: “Só posso encarar tudo com otimismo, vontade e o mais importante: curiosidade”

Felipe Pinheiro

Zeca Camargo comemora a chegada aos 60 anos neste sábado (8) com a mesma disposição do início da carreira. Há 36 anos, o apresentador começou a trilhar carreira no jornalismo impresso antes de brilhar na televisão. Há três anos, ele iniciou um novo ciclo na Band e descobriu novas possibilidades mesmo para quem tem a experiência de anos de voo na comunicação. 

Ao receber a reportagem da Band.com.br em sua casa, Zeca relembrou momentos marcantes e entregou uma curiosidade sobre seu nome de batismo. Assista à entrevista no vídeo acima!

“A Band permite que eu explore várias áreas. É difícil encontrar tanta liberdade. Já fiz especiais de viagens, entrevistas, trabalhei com música, fiz o 1001 Perguntas – um formato que nunca havia feito. É gostoso estar em um lugar que te utiliza de várias maneiras. É uma sensibilidade da Band falar, ‘vamos aproveitá-lo mais de uma maneira?’ Eu correspondi nesse sentido”, afirma. 

Envolvido em tantos projetos, Zeca diz que completar seis décadas de vida faz com que ele sinta, de certa forma, a mesma energia de quando começou a escrever textos para o jornal Folha de S. Paulo. Foi ali que o mineiro Uberaba descobriu, por exemplo, a vocação para falar sobre música. 

“Nunca tive problema com a idade, pelo contrário. Tem que celebrar. Quando mais a gente vive, são mais ideias, projetos. Fico super feliz de chegar aos 60 anos cheio de projetos. Às vezes, me sinto como alguém que está começando a carreira.  Trabalho com comunicação e gosto de trocar informação. Fico entusiasmado com essas possibilidades. Até quando vou ter energia para segurar tudo isso? Só posso encarar tudo com otimismo, vontade e o mais importante: curiosidade. Espero ter essa curiosidade aos 70, 80 e até quando der”, afirma. 

Ele já viajou quase o mundo inteiro, apresentou de jornalísticos a programas de entretenimento, domina o cenário musical e desenvolveu, também, a paixão pela gastronomia. Com tanta versatilidade, Zeca nunca teve medo de perder a própria identidade. Para ele, ser “fora da caixa” passou a ser quase um estilo de vida. 

“Fora da caixa não é uma atitude. É uma vontade! É um pouco dessa necessidade de extrapolar, de ir por outros caminhos para ver se é legal. Não é ser do contra. Em época de redes sociais, a  gente nada contra as correntes do algoritmo porque se você só quiser consumir o que já gosta, vai ficar com o horizonte mais apertado. Pensar fora da caixa é abrir a possibilidade de conhecer universos diferentes”, explica

Costumo ficar incomodado quando estou com um grupo e estamos discutindo a mesma coisa. Gosto da provocação. E pensar fora da caixa não depende da idade.

Por falar em redes sociais, é por lá que Zeca traz informações, resgata viagens marcantes e divide momentos da vida pessoal com o público. Ele procura estabelecer um limite em uma era de tanta exposição: “Se me segue, é porque gosta de música, viagem, gastronomia e de pessoas. Nesse universo, a transparência é total. Assim as pessoas se sentem próximas de mim sem necessariamente saber com quem eu jantei ontem”.

Quem é José Carlos Camargo?


A alcunha artística é o apelido de José Carlos Brito de Ávila Camargo. Na faculdade, ele já era chamado informalmente pelo nome com o qual ficou famoso. Apesar disso, ao dar os primeiros passos no jornalismo o comunicador ainda não era Zeca Camargo. 

“Quando comecei a escrever na Folha de S. Paulo, assinava como Zeca porque era colaborador. Quando fui contratado, a direção sugeriu que eu usasse um nome e não um apelido.  Durante uns três anos, eu assinava como José Carlos Camargo, mas as pessoas já me chamavam de Zeca”, conta. 

Assim, ele já era Zeca Camargo mesmo antes de estrear na MTV. Mesmo assim, ele se recorda de uma confusão por usar os dois nomes. 

“Astrid Fontenelle era casada com um fotógrafo e procuravam um cara que escrevia sobre música na Folha, o José Carlos. Astrid perguntava para ele, quem é? Ele falava que não sabia. Um dia ele perguntou quem era o José Carlos, e ele falou, é você o Zeca? E assim eu fui chamado ao ir para a MTV. Na Folha me chamam como Zeca e é uma delícia essa intimidade gostosa, todo mundo me chamando por esse nome que é tão carinhoso”, afirma.

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