Com Código Preto, Steven Soderbergh dá seus pitacos no mundo da espionagem. Em cartaz nos cinemas, o filme é a terceira parceria entre o diretor e o roteirista David Koepp - a primeira foi Kimi e a segunda, Presença, que estreia em abril.
No novo filme, George (Michael Fassbender) e Kathryn (Cate Blanchett) formam um casal de agentes secretos cuja missão se complica quando um dispositivo de segurança ultrapassado cai nas mãos erradas. George precisa investigar o roubo. Dentre os suspeitos, estão amigos e colegas de trabalho. Mas, e se a verdadeira ameaça estiver em casa? E se a espiã for sua mulher?
É a partir dessa dúvida que Código Preto se move. Mas Soderbergh e Koepp não querem contar uma história de espionagem tradicional. Eles brincam com o gênero do começo ao fim - e é justamente o humor com relação ao cinema de espionagem o melhor da produção. Soderbergh parece gargalhar atrás das câmeras.
Pena, porém, que Koepp tenha se complicado ao finalizar um filme com bom ponto de partida. Por mais inebriante que seja ver Blanchett e Fassbender interagindo na tela, o roteiro pesa a mão no didatismo bem no final. Enfim, não é um novo Sexo, Mentiras e Videotape de Soderbergh, o cineasta das joias improváveis. Mas dá para dar boas risadas - e esperar, ansioso, pelo próximo filme.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.