Sobreviventes do coronavírus, tenores cantam e incentivam o uso de máscara

Da Redação, com Bora Brasil

Duas vozes, uma história em comum com tanta gente. De um lado, Jorge Durian. Do outro, Armando Valsani. Amigos de música há 35 anos que já estiveram próximos em tantos outros palcos, desta vez distantes como os tempos de hoje exigem para levar uma mensagem especial.

“Foi quando eu fui subir a escada de casa, eu cheguei no alto e não aguentei. Falei: ‘Meu Deus do céu, agora aconteceu. Porque eu estou com falta de ar’. Meu pulmão estava com 35% de vidro fosco”, relembrou Durian.

“Quando eu deitava, quando eu fechava os olhos, eu acordava com a garganta fechada, parecia que tinha acabado o ar”, contou Valsani. Com o coronavírus, veio além de tudo o medo de perder o bem mais que precioso para um tenor: a voz.

“Ainda tem alguma coisinha, algum cansaço. É horrível, esse negócio é um terror”, disse Valsani. “Deu aquele pânico, achando que ia morrer. Era uma questão que a gente não sabe o que vai acontecer”, completou Durian.

Por isso, a cura não poderia passar em branco. “A ideia de [gravar] um vídeo foi essa, de agradecer. Mas mostrando que as pessoas precisam se cuidar”, explicaram. A composição escolhida foi Nessun Dorma, entoada desde 1926 em óperas ao longo da história. E o ponto alto, Vincero. Traduzido para o português, venceremos.

“Venceremos, mas não vamos tirar a máscara. Vamos colocar a máscara. Era para passar essa mensagem. E fizemos isso com muito carinho e amor, por todos, que iam realmente tomar cuidado”, disseram os tenores. A reportagem é de Maiara Bastianello, para o Bora Brasil.

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