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Sexóloga analisa sexo explícito em funk de Valesca Popozuda: “Não pode banalizar”

Em entrevista exclusiva, a especialista afirma que é sempre importante pensar que a relação sexual é uma troca física e de energias

Da Redação

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Reprodução/ Instagram @valescapopozuda

Valesca Popozuda, um dos nomes mais tradicionais do funk, recebeu inúmeras críticas nas redes sociais após lançar funk e pagode proibidão falando sobre sexo sem pudor. 

No Dia do Sexo, em entrevista ao Band.com.br, a psicóloga e sexóloga Rose Villela falou sobre a importância de quebrar tabus no sexo, mas ressaltou ser importante não banalizar a prática.  

Durante a Festa de 10 anos do Spotify, a cantora falou que não se importa com as críticas: “Se as pessoas se chocam ainda, cara, elas não sabem a potência de uma boa siririca, desculpa, é isso, mas não tem o porquê, parece que hoje em dia, sempre falo isso, as pessoas não transam, as pessoas não geram filhos. A gente respeita, é sobre isso. Quero trabalhar, fazer o meu trabalho, quem gosta de mim ouvirá”.  

Contudo, a sexóloga Rose Villela acredita que nem tudo precisa ser falado nas músicas. “Pode ser um pouco menos. Essa banalização do sexo e sempre levando para uma questão da pornografia que confunde os jovens e adultos”.  

“Pessoas que estão iniciando a vida sexual que veem nesse formato, um jeito de se relacionar e a gente tem sempre pensar que sexo ele tem a ver com a entrega, com o outro, com quem você está tendo essa relação e não essa coisa banalizada de ter uma relação com qualquer um e de qualquer jeito”, diz.  

A especialista afirma que é sempre importante pensar que a relação sexual é uma troca física e de energias. “A gente não pode banalizar isso e deixar como uma coisa puramente genital”, completa.  

Interesse pela palavra 'sexo' na internet diminuiu

As buscas pela palavra "sexo" na internet, que antes eram muito frequentes, têm apresentado queda significativa nos últimos tempos. Esse movimento, observado principalmente entre os jovens, traz reflexões sobre mudanças culturais e comportamentais em relação à sexualidade.  

A sexóloga Rose Villela compartilha suas percepções sobre esse fenômeno, apontando as possíveis causas dessa transformação e seus impactos na vida sexual da população.

Conforme a especialista, essa redução nas buscas por sexo pode estar relacionada ao fato de os jovens estarem mudando suas formas de explorar a sexualidade. "Os jovens de hoje, ao contrário das gerações anteriores, são os que menos estão procurando por relações sexuais presenciais. Muitos deles estão se envolvendo em relações virtuais e, por isso, acabam pesquisando menos sobre o tema na internet", explica a sexóloga.

Ela também aponta que, ao longo dos anos, a sexualidade é tratada de forma mais aberta e educacional, o que contribui para a desmistificação do tema. "Hoje em dia, temos programas nacionais que falam sobre sexualidade à tarde, mas sempre com um viés educacional. Isso ajuda a quebrar tabus e tornar o assunto menos misterioso ou proibido, o que pode impactar diretamente nas pesquisas realizadas na internet", observa Villela.

"Sexo e sexualidade são questões de saúde, tanto física quanto mental. É fundamental que as pessoas se sintam confortáveis para falar sobre isso, buscar informações e se livrar de preconceitos", defende a sexóloga.

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