Manoel Carlos, que completou 91 anos, no último dia 14 de março, fez história na teledramaturgia brasileira ao introduzir na maioria de suas novelas uma protagonista chamada Helena.
Como característica, as personagens, mulheres da vida real, sempre demonstravam uma grande força para lidar com as piores situações da vida — e fizeram muito sucesso na televisão.
Contudo, diferente do que muitas pessoas pensam, o nome não foi escolhido pelo autor como homenagem para alguma Helena da vida do autor, também chamado de Maneco.
“As pessoas realmente têm muita curiosidade de saber. Dizem ‘foi sua mãe, uma irmã, uma namorada, uma primeira mulher’. Helena é apenas um nome que eu acho mais apropriado a um personagem do que a uma pessoa real”, declarou disse o escritor em entrevista ao “Tributo a Manoel Carlos”, lançado no Globoplay em homenagem ao aniversário dele.
O autor ainda pontuou que se inspirou em uma das Helenas mais famosas da história.:
Talvez porque eu sempre gostei de mitologia. A Helena mitológica é fantástica… Tudo isso me deu uma coisa, uma magia muito interessante, que me cativou muito, explicou.
Ainda segundo Maneco, suas protagonistas sempre foram mulheres infelizes no amor, mas, também, personagens que escondem um lado sombrio, sempre guardando um segredo das pessoas que lhes são mais próximas.
Quais são as Helenas de Manoel Carlos?
- Lilian Lemmertz foi a primeira Helena do autor em "Baila Comigo" (1981);
- Maitê Proença estrelou em "Felicidade" (1991);
- Regina Duarte fez Helena em "História de Amor" (1995), na sequência ela protagonizou a personagem em "Por Amor" (1997) e "Páginas da Vida" (2006);
- Vera Fischer foi a intérprete de Helena em “Laços de Família” (2000);
- Christiane Torloni também se vestiu de Helena em "Mulheres Apaixonadas" (2002);
- A primeira e única Helena negra de Manoel Carlos foi interpretada pela atriz Taís Araújo em "Viver a Vida" (2009);
- Seguindo o legado da mãe, a atriz Julia Lemmertz deu fim ao ciclo de personagens com o mesmo nome. Ela foi a protagonista da novela “Em Família” (2014).