Saiba o que é a cirurgia de redesignação sexual pela qual Maya Massafera passou

A youtuber esteve um tempo fora das redes sociais, sem confirmar que havia mesmo feito a transição de gênero

Da Redação

Saiba o que é a cirurgia de redesignação sexual pela qual Maya Massafera passou
Maya Massafera
Reprodução/ Instagram @mayamassafera

Maya Massafera, anteriormente conhecida como Matheus Mazzafera, compartilhou recentemente as primeiras imagens de seu rosto após passar supostamente por um processo de redesignação sexual - a influenciadora ainda não falou sobre o assunto. 

Aos 43 anos, a renomada youtuber, apresentadora e produtora de moda marcou oficialmente o início de uma nova fase em sua vida, revelando-se como a mulher que sempre se identificou.

Com a legenda "Prazer, Maya!", Massafera anunciou sua transformação, destacando o alinhamento de seu corpo com sua identidade de gênero. As fotos revelam os resultados de procedimentos de feminilização facial, uma forma de cirurgia plástica projetada para suavizar traços considerados masculinos, juntamente com a implantação de silicone nos seios.

Afinal, o que é a cirurgia de redesignação sexual?

Este procedimento é realizado tanto em homens quanto mulheres trans, com o objetivo de adequar os órgãos genitais à identidade de gênero de cada indivíduo. No caso de uma mulher trans, a cirurgia visa criar uma neovagina, replicando ao máximo possível a anatomia genital feminina. Já para um homem trans, o objetivo é criar um falo masculino.

No entanto, antes de passar por essa transformação no Brasil, existem critérios rigorosos a serem considerados. O indivíduo deve ter pelo menos 18 anos e ter vivido com sua identidade de gênero, incluindo o uso do nome social. 

Além disso, é necessária uma avaliação multidisciplinar, que pode incluir a aprovação de um psicólogo ou psiquiatra, antes que a cirurgia seja realizada.

No Brasil, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o acesso a esses procedimentos pode ser demorado, com filas que podem chegar a mais de 10 anos, conforme a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). 

Geralmente, os pacientes que chegam à cirurgia já passaram por etapas anteriores da transição de gênero, como hormonização e outras cirurgias plásticas afirmativas.

Além disso, é importante ressaltar que esses procedimentos não são reversíveis. Por exemplo, na cirurgia de redesignação sexual para mulheres trans, os corpos cavernosos, tecidos eréteis do pênis, são removidos para a construção da neovagina. Da mesma forma, para homens trans, a vaginectomia resulta na irreversibilidade do procedimento.

Em termos de custo, a redesignação sexual no Brasil pode variar. Segundo dados da Revista Veja, os custos giram em torno de R$ 70 mil para mulheres trans e travestis, e R$ 100 mil para homens trans. 

No entanto, com a inclusão desses procedimentos nos planos de saúde pela Associação Nacional de Saúde Suplementar (ANS), houve um aumento significativo na procura por essas cirurgias na rede particular, com um crescimento de 75%.

“Sobrevivendo”

Após de afastar das redes sociais, sem confirmar que havia mesmo passado pela transição de gênero, Maya fez um desabafo: 

"Às vezes o que precisamos é voltar para o útero da mamãe... Mas essa opção não é possível. Eu estava sobrevivendo e não vivendo. Tive que dar um tempo de tudo para me encontrar. Era isso ou ir embora para outro plano. Precisei ficar longe da internet e me tratar. Mas já vou voltar e quero contar/compartilhar tudo com vocês. Vocês que sempre estiveram comigo", disse.

As primeiras informações foram dadas pelo colunista Felipeh Campos, depois de especulações sobre cirurgia de redesignação sexual na Tailândia. A youtuber, no entanto, se pronunciou sobre a suposta viagem: "Gente, eu nunca fui para a Tailândia! Beijos com amor".

Contudo, a confirmação da mudança de gênero veio à tona quando o nome social da produtora de moda foi revelado. Maya mostrou que os documentos já haviam sido alterados.

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