DJ Ronald lança nesta terça-feira (21) uma nova música, um remix do sucesso Vou Com Carinho, Ela Quer Com Força, de MC Don Juan. Filho de Ronaldo Fenômeno e Milene Domingues, o artista de 22 anos, que desde cedo se encontrou na música, reconhece que ter pais famosos o ajudou. Ao mesmo tempo, diz que isso não o impediu de lidar com dificuldades no início da profissão.

Em entrevista ao Band.com.br, Ronald fala de seu novo trabalho, o sonho de gravar com Alok e reflete sobre os desafios que enfrentou. 

“Devido à família em que nasci, muitas portas foram abertas para eu perseguir o meu sonho, mas muitas se fecharam porque existe preconceito por eu atacar de DJ, [por dizerem] não ser uma fase duradoura e de não ser levado a sério”, afirma. 

Consciente de seus privilégios, o filho de um dos maiores craques da história do futebol compreende que rompeu barreiras também pelo esforço pessoal. 

Agradeço as oportunidades que tive na minha vida, sejam elas relacionadas à família que tenho ou não. Tenho total consciência de que se fui capaz de aproveitá-las, foi devido à minha própria competência e à ajuda que recebi de pessoas que trabalharam lado a lado comigo.

Ronaldo e Milene: “Um impacto forte em mim”

Para o DJ, os pais são uma importante fonte de influência em sua trajetória profissional. Mesmo que Ronaldo e Milene tenham se consagrado no esporte, o que Ronald viu em ambos o despertou a desejar algo a mais. 

“A maior influência do meu pai é compartilhada com a minha mãe, foi mostrar o que é fazer algo por amor. Os dois sempre demonstraram paixão pelo futebol e isso deixou um impacto muito forte em mim. Eu via a admiração deles pelo esporte. Senti isso e decidi aplicar na minha vida por meio da música”, explica. 

Ouça o novo trabalho de Ronald:
 

Novo trabalho e “padrinho” Alok

No trabalho que acaba de ser lançado, Ronald desenvolveu uma nova batida para o hit Vou Com Carinho, Ela Quer Com Força. O DJ assinou contrato com a produtora GR6, responsável pela administração de nomes como Mc Davi, Mc Hariel, Mc Pedrinho, Gaab, Os Hawaianos, entre outros. 

“Foram quase três meses de negociação para fechar o contrato e nesse meio tempo eu fiquei procurando músicas. O repertório da GR6 é gigantesco e tinham muitas opções para escolher, inclusive essa track que está viralizando e nos tops do mundo e do Brasil. Assim que batemos o martelo comecei a produção. Consegui manter a essência da música original nesta minha releitura com o mundo do eletrônico”, comemora.

Se pudesse escolher qualquer artista do mundo para fazer um feat, Ronald sabe quem seria: Alok. Os dois se conheceram no Lollapalooza de 2016. 

“Tem um vídeo dele me apadrinhando, dizendo que um dia eu seria grande, que era para ficar de olho em mim. Brinco que estou até hoje trabalhando para não fazer ele parecer mentiroso”, diz, bem-humorado. 

Para o DJ, esta é uma parceria que ele ainda sonha realizar. “Já abri e fechei show para ele, mas ainda não rolou nenhuma colaboração musical dentro do estúdio. Adoraria fazer um projeto com ele para agregar ao mercado da música eletrônica e da música no geral”, diz. 

“Parecia filme de terror”

Ronald se apresentou uma única vez no Universo Paralello, um dos maiores festivais da América Latina. A realização não veio sem passar por alguns perrengues, como ele se recorda. 

“Todo artista e DJ que já se apresentou no Universo Paralello passou por um perrengue, seja no transporte ou na hospedagem. No meu caso foi no traslado até chegar lá. Uma baita de uma noite com chuva, trovoada, cavalo morto na estrada… Parecia cena de filme de terror! Levei uns choques também do equipamento enquanto estava tocando”, lembra. 

Apaixonado pela profissão que escolheu, o músico se diverte ao relembrar desse e outros perrengues. “Eles servem para contar histórias e arrancar algumas risadas. Tudo é aprendizado e faz parte dessa jornada maluca que é essa profissão, que me desafia a cada dia”, afirma.