Roger Waters, um dos fundadores do Pink Floyd, é conhecido mundialmente por sua contribuição à história do rock. Nas últimas semanas, o cantor foi acusado de usar um traje com referências nazistas em um show na Alemanha e acabou entrando também na mira da justiça brasileira: o cantor pode ser punido e até preso caso repita o look no Brasil.
De acordo com reportagem do O Globo, o Ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Flávio Dino, informou a Luiz Fux, Ministro do Supremo Tribunal Federal, que Roger Waters será preso se fizer qualquer alusão ao nazismo no Brasil.
A polêmica envolvendo o cantor inglês no Brasil começou no final de maio deste ano, quando o Instituto Memorial do Holocausto entrou com uma ação pedindo a turnê de Roger Waters no país fosse monitorada pela justiça - dada às acusações que o artista tem recebido no exterior. Durante seu show em Berlin, o cantor usou um sobretudo preto, semelhante aos usados pelos militares nazistas, e carregou uma metralhadora falsa no palco. Na apresentação, além de cantar, o ex-Pink Floyd encenou o disparo de tiros de cima do palco.
No Brasil, a turnê “This Is Not A Drill" está marcada para acontecer entre outubro e novembro de 2023. Além de São Paulo, o cantor se apresenta no Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Curitiba e Belo Horizonte. Esta será a última turnê da carreira de Roger Waters.
Na manhã deste sábado (10), dada à repercussão do caso, Flávio Dino usou as redes sociais para falar sobre a polêmica e destacou não haver nenhum tipo de “censura prévia” aos shows de Roger Waters no Brasil. Ele escreveu que não ainda recebeu nenhuma petição com denúncia contra o cantor e destacou que, quando receber, vai analisar com “prudência” e “calma”.
Dino destacou que, no Brasil, fazer propaganda nazista é crime, sujeito à prisão em flagrante. No entanto, nenhuma autoridade brasileira tem o poder de censurar previamente atividades no país, salvo quando esta ameaça a integridade física da população. Leia o comunicado na íntegra: