Príncipe Philip, o Duque de Edimburgo, morreu aos 99 anos na manhã desta sexta-feira (9) no Castelo de Windsor. Por tradição, a Rainha Elizabeth II deve decretar um luto oficial por 8 dias e paralisar os trabalhos da família real neste período. De acordo com a BandNews TV, as informações sobre velório e enterro ainda não foram divulgadas.
Parceiro e grande aliado da rainha, Philip receberia, por tradição, todas as cerimônias de mais alto prestígio em sua despedida e teria o corpo velado no Palácio de St. James. No entanto, com a pandemia do novo coronavírus, todos os velórios na Inglaterra podem ter até 30 pessoas, por isso o que se espera é uma cerimônia intimista, exclusiva para familiares.
Assim que a notícia foi divulgada, uma aglomeração se formou em frente ao Palácio de Buckingham, o que era esperado, mas não desejado pela família real.
Philip havia se sentido mal em casa e levado para um hospital em Londres, na Inglaterra, no dia 17 de fevereiro. Ele teve alta no dia 16 de março, mas passou a ter cuidados em casa desde então.
Segundo a professora e Relações Internacionais da ESPM Carolina Pavese, o principal legado que se aponta é que ele foi o braço direito da rainha nesses mais de 60 anos de casamento. Ainda assim, o Duque de Edimburgo foi uma figura controversa, que teve uma relação conturbada com o filho, o príncipe Charles, e fez algumas declarações consideradas racistas durante sua vida.
Ele também ficou conhecido pelo envolvimento em projetos ambientais e modernizou os protocolos da família real em termos de aristocracia. “Ele permitiu a participação de inclusão de pessoas que não necessariamente tinham o chamado sangue azul ou participaram da nobreza em várias práticas e cerimônias que aconteciam”, afirma Pavese.
Nascido em 10 de junho de 1921, na ilha de Corfu, na Grécia, Philip era tataraneto da rainha Victoria da Inglaterra. Por ser descendente de alemães e dinamarqueses, isso gerou certa desconfiança no casamento real por parte da população britânica logo após a Segunda Guerra Mundial, na qual participou ativamente das batalhas. No entanto, ao longo dos anos, a monarca já disse que não teria conseguido exercer tão bem seu papel se não fosse o apoio do marido.