Um dos MCs mais conhecidos do funk paulista, MC Daleste teve sua vida tragicamente interrompida aos 20 anos, enquanto se apresentava em um palco durante uma quermesse do CDHU San Martin, em Campinas.
O jovem foi atingido por dois tiros, um de raspão no braço e outro no tórax, que infelizmente causou sua morte na madrugada de 7 de julho de 2013.
O crime que tirou a vida de MC Daleste ainda permanece sem solução. A polícia trabalhou com duas principais hipóteses: crime passional ou desavença com o contratante do show.
Uma testemunha chegou a afirmar que o funkeiro foi assassinado por ter se envolvido com a namorada de um integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Contudo, devido à falta de provas, o caso foi arquivado em 2015 sem nunca ter apontado um suspeito. A cena, presenciada por milhares de fãs do funkeiro que estavam em seu show, foi registrada e viralizou na internet logo após sua morte.
Quem é Mc Daleste?
Daniel Pellegrini, nome de batismo do cantor, nasceu em 1992, no bairro da Penha, zona leste de São Paulo, região que também lhe conferiu o nome artístico de Daleste.
Iniciou sua carreira aos 16 anos, em 2008, e logo se destacou no cenário do funk paulista. O cantor foi um dos pioneiros a popularizar o funk ostentação, gênero que exaltava o consumo e a ostentação de bens e dinheiro.
Suas músicas, como "Ostentação Fora do Normal", “Mais Amor, menos Recalque”, “Gosto Mais do Que Lasanha”, “Quem É?” e “Menina de Vermelho”, foram um marco nesse estilo. O assassinato do artista contribuiu para a popularização do funk ostentação.
Apesar de toda a ostentação, seu túmulo é marcado pela simplicidade. O espaço, localizado no cemitério da Vila Formosa, zona leste de São Paulo, é um dos mais visitados, seja por fãs ou curiosos.
MC Daleste – Mataram o Pobre Loco
A trajetória do funkeiro e a busca por justiça são temas explorados no documentário "MC Daleste – Mataram o Pobre Loco", que estreou no Globoplay nesta sexta-feira, 23.
A série, dividida em quatro episódios, apresenta depoimentos da família do MC, autoridades que investigaram o caso, funkeiros e supostas testemunhas.
