Quem foi Édith Piaf, homenageada por Celine Dion na abertura da Olimpíada

“Hymne A L’Amour” foi a canção escolhida para encerrar a cerimônia em Paris

Da Redação

Céline Dion
REUTERS

Céline Dion se apresentou pela primeira vez desde que foi diagnosticada com a Síndrome da Pessoa Rígida em dezembro de 2022, na Cerimônia de Abertura da Olimpíada de Paris 2024, nesta sexta-feira, 26 de julho. Após o fogo olímpico ser aceso, a cantora cantou na Torre Eiffel ao lado de um pianista e homenageou a icônica Édith Piaf, encerrando a cerimônia. 

O site de notícias de entretenimento TMZ informou que a cantora deve receber US$ 2 milhões (R$ 11,2 milhões) para cantar uma única música em francês e “Hymne A L’Amour” (Hino ao amor) foi a escolhida.  

Lançada em 1950, a música fala de um amor profundo e avassalador que transcende todas as adversidades.

Além disso, a organização está cobrindo todas as despesas da sua viagem – jatos particulares, barcos, hospedagens para sua grande família, entre outros.

Céline esteve na abertura das Olimpíadas de Atlanta, nos Estados Unidos, em 1996. Na ocasião, ela performou a faixa "The Power Of The Dream", feita exclusivamente para os jogos.

Quem foi Édith Piaf?

Édith Piaf (Foto: Arquivo)

Édith Piaf, nascida Édith Giovanna Gassion em 19 de dezembro de 1915 em Paris, França, é uma das cantoras mais icônicas e reconhecidas da música francesa. Conhecida como "La Môme Piaf" (O Pardalzinho), seu apelido reflete sua pequena estatura e a aparência frágil, contrastando com sua poderosa voz que capturou a alma de milhões.

A vida de Piaf foi marcada por dificuldades desde o início. Filha de uma cantora de rua e de um acrobata, ela teve uma infância tumultuada, vivendo com a avó materna e posteriormente com a avó paterna, que dirigia um bordel. Aos sete anos, Piaf ficou temporariamente cega devido a uma queratite, recuperando a visão anos depois, o que ela acreditava ser um milagre atribuído a Santa Teresa de Lisieux.

Aos 14 anos, Piaf começou a cantar nas ruas de Paris, onde foi descoberta pelo empresário Louis Leplée em 1935. Leplée deu-lhe o nome artístico "La Môme Piaf" e ajudou a lançá-la no cenário musical parisiense. Sua carreira decolou com a canção "La Vie en Rose", lançada em 1946, que se tornou seu maior sucesso internacional e um clássico atemporal.

A voz de Piaf, carregada de emoção e melancolia, refletia as tragédias pessoais que enfrentou ao longo da vida. Seus relacionamentos amorosos foram frequentemente tumultuados e dolorosos. O mais notório deles foi com o boxeador Marcel Cerdan, que morreu tragicamente em um acidente de avião em 1949. A perda de Cerdan marcou profundamente Piaf, influenciando suas interpretações musicais.

Além de "La Vie en Rose", Piaf é conhecida por outras canções emblemáticas como "Non, Je Ne Regrette Rien", "Hymne à l'amour", e "Milord". Suas músicas frequentemente abordavam temas de amor, perda, e sofrimento, ressoando profundamente com o público.

A carreira de Piaf não foi isenta de controvérsias. Durante a Segunda Guerra Mundial, ela foi acusada de colaborar com os nazistas, embora também tenha ajudado prisioneiros de guerra a escapar, usando sua posição para fornecer documentos falsos.

A vida pessoal de Piaf foi marcada por problemas de saúde e dependência de álcool e drogas, que eventualmente contribuíram para seu declínio. Ela continuou a se apresentar até os últimos anos de sua vida, apesar de sua saúde debilitada.

Edith Piaf faleceu em 10 de outubro de 1963, aos 47 anos, em Plascassier, na Riviera Francesa. Seu funeral em Paris atraiu milhares de fãs em luto, e sua influência perdura até hoje, com sua música continuando a tocar corações ao redor do mundo. 

Cinebiografia com IA

Edith Piaf foi tema da cinebiografia "Piaf — Um Hino ao Amor" (2007), dirigida por Olivier Dahan, que rendeu a Marion Cotillard o Oscar de Melhor Atriz. Em breve, outra produção sobre a vida da cantora será lançada.

De acordo com a revista Variety, está em desenvolvimento o filme "Edith", que terá 90 minutos de duração e abordará a vida da artista entre as décadas de 1920 e 1960. Para recriar a voz de Edith Piaf, a produção utilizará uma voz gerada inteiramente por inteligência artificial.

Este projeto, desenvolvido pela Warner Music Group, conta com o apoio do espólio de Piaf.

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