Quem é Ingra Soares, esposa do cantor Zé Vaqueiro

O casal perdeu o filho caçula, Arthur, na segunda-feira, 8 de julho, após uma disfunção múltipla dos órgãos

Da Redação

Quem é Ingra Soares, esposa do cantor Zé Vaqueiro
Ingra Soares
Reprodução/ Instagra

Arthur, filho de Zé Vaqueiro e Ingra Soares, morreu na segunda-feira, 8 de julho, aos 11 meses, de disfunção múltipla dos órgãos. A criança nasceu em julho de 2023, com uma malformação congênita decorrente da síndrome da trissomia do cromossomo 13. A morte foi confirmada pelo casal por meio de uma publicação nas redes sociais.

“Deus sabe de todas as coisas, e decidiu que era hora do nosso Arthur se juntar a Ele e descansar. Agradecemos do fundo de nossos corações, o amor e as orações que nosso menino recebeu enquanto estava entre nós”, disseram os pais.

Em nota, a assessoria de imprensa do casal acrescentou: “Em maio deste ano, Arthur chegou a ir para casa, depois de nove meses internado, mas, infelizmente, voltou ao hospital no dia seguinte. Próximo a completar seu primeiro ano, Arthur descansou, mas deixou um legado de amor e fé para seus pais, que foram resilientes e nunca deixaram de acreditar no milagre da vida e no propósito de Deus. Neste momento expressamos toda nossa solidariedade à família”.

O cantor Zé Vaqueiro é casado com a empresária e influenciadora digital Ingra Soares, de 32 anos desde 2021.  

Mas afinal, quem é Ingra Soares?

Nas redes sociais, ela tem mais de 2 milhões  de seguidores e costuma mostrar fotos de seus looks, suas viagens e momentos com a família, no entanto, ela não costuma expor detalhes de sua convivência familiar.  

Ingra e Zé Vaqueiro se casaram em outubro de 2021 em uma cerimônia romântica e com a presença de amigos e familiares. A celebração religiosa aconteceu um ano após o casamento no civil.

Em 2022, os dois chegaram a viver uma crise no relacionamento, mas superaram o período difícil e seguiram casados. Pouco tempo depois, eles anunciaram que esperavam mais um filho.

Ingra tem três filhos: Nicole, de 13 anos, fruto de um relacionamento anterior, e dos meninos Daniel, de 3 anos, e Arthur, que nasceu no dia 24 de julho de 2023 e morreu nesta segunda-feira, 8 de julho.  

Arthur veio ao mundo com uma malformação congênita decorrente da síndrome da trissomia do cromossomo 13, conhecida como síndrome de patau.  

O que é síndrome de Patau?

Uma alteração genética caracterizada pela presença de um cromossomo a mais no bebê. Ela também é conhecida como síndrome da trissomia do cromossomo 13. Ou seja, no lugar de um par de cromossomos, a pessoa apresenta um trio.

Sua incidência é mais comum em crianças do sexo feminino, na proporção de 1 a cada 7.000 nascimentos. Essa síndrome é uma das principais causas de aborto espontâneo – estima-se que apenas 2,5% dos fetos com a síndrome de Patau conseguem passar dos nove meses de gestação.

A síndrome pode afetar qualquer mulher, mas os casos são mais comuns e gestações pós 35 anos. E causa uma série de defeitos congênitos graves em bebês como malformação no cérebro, nos olhos, no coração. 

Realizar o pré-natal corretamente traz diversos benefícios, pois é nessa fase que a mulher pode identificar problemas na sua gestação, seja na sua própria saúde ou na da criança. É muito importante que esses exames sejam realizados nas primeiras semanas e seguidos de repetições trimestrais. 

Quais são os sintomas da síndrome de Patau?

No útero os fetos costumam mexer pouco e a quantidade de líquido amniótico fica alterada. Já após o nascimento, os bebês tendem a ser pequenos, ter anomalias faciais como lábio leporino e fenda palatina, olhos pequenos, defeitos da íris e retinas subdesenvolvidas; defeitos no couro cabeludo, apneia e até uma incapacidade intelectual grave.

Expectativa de vida de bebês com síndrome de Patau

A expectativa de nascimento e de vida para bebês com essa condição é baixa, com muitos falecendo durante o primeiro ano de vida devido a complicações médicas graves. O diagnóstico pré-natal é essencial para fornecer cuidados adequados e apoio às famílias. Existem casos de crianças que sobrevivem até os 10 anos. 

O tratamento é feito com médicos de várias áreas, a fim de que o paciente tenha melhor qualidade de vida. No entanto, ainda não existe uma cura para a síndrome de Patau. 

Desabafo de mãe

Ingra já desabafou sobre a condição do filho. Em uma delas, ela disse: 

“Muitas mães que passaram por essa situação de uma gestação de um bebezinho com uma síndrome chegaram lá sem saber que não resistiram, que foi muito difícil, que não tinham respostas sobre o porquê disso ter acontecido. Mães que estavam na primeira gestação e queriam comparar um diagnóstico com o outro… Falo com humildade, mesmo, porque eu não tenho conhecimento profundo, assim como não existem pesquisas mais aprofundadas.

Médicos que a gente tenta procurar para obter uma resposta sobre a situação dizem sempre as mesmas coisas, né? É uma gestação muito difícil. Desde quando você descobre, desculpe, o diagnóstico, você precisa ter muita sabedoria, mas até então, no começo, acredito que a gente não consegue ter, porque é uma informação muito impactante. Ela causa um grande impacto na nossa vida, na nossa cabeça, e você passa a tentar entender o que realmente vai acontecer. Você procura todos os métodos para tentar compreender, mas não consegue, porque é algo novo.

Eu me recordo que, logo quando fui visitar o meu filho, não pude ficar com ele quando ele nasceu, né? Ele foi direto para a UTI. Saí de casa e fui até a UTI, onde peguei o meu filho nos braços. Foi uma situação muito difícil para mim; eu estava operada há apenas três dias, depois de uma cesárea, emocionalmente abalada".

Ingra ainda comentou que chorava com o filho nos braços, junto com Zé, e os dois tentavam entender tudo o que passavam. Neste momento, uma técnica do hospital teve uma atitude sem empatia e grosseira com os pais que estavam sensíveis com a situação.

"Ela dizia: 'Não chora, você não pode chorar, você tem que sorrir. Seu filho precisa de alegria, ele tem que sentir a sua alegria.' Eu fiquei assustada, meu corpo tremia. Eu queria estar em outro lugar porque a dor que eu estava sentindo naquele momento já era grande. Eu não entendi por que fui tratada daquela forma. Falo como uma mãe, uma mãe normal, como qualquer outra”, completou.

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