"Quando eu virei pai, senti a minha vida reiniciando”, diz Reginaldo Leme

Comentarista de Fórmula 1 é pai de quatro filhas. Em entrevista para a campanha de Dia dos Pais realizada pela Band TV, Leme conta que classifica sua vida antes e depois da paternidade.

Da Redação, com a Band TV

Reginaldo Leme
Reprodução/Band TV

Reginaldo Leme é uma referência quando o assunto é cobertura jornalística da Fórmula 1. Pai de 4 filhas, das quais três moram foram do Brasil, o repórter e comentarista se diz orgulhoso dos caminhos que elas seguiram. Em entrevista à campanha de Dia dos Pais realizada pela Band TV, Leme diz que classifica sua vida antes e depois da paternidade. “Quando virei pai, senti  minha vida reiniciando. Uma nova fase. Tive a consciência que dali para frente aquela seria vida”. 

A primeira nascer foi Daniela. “Quando ela chegou a ficha não caiu imediatamente. Depois você percebe que aquele novo ser humano muda completamente a sua vida, da sua mulher. A gente passa a depender extremamente dessa convivência, parece que a vida não existira sem ela. Me lembro quando a Daniela fez 18 anos e escrevi para ela: ‘tenho 18 mais um dia’. Eu era apenas mais velho, mas minha vida passou a existir a partir do dia que ela nasceu. Depois vieram as outras três, foi mais fácil por saber as reações que temos que ter”, conta.

Leme diz que a parte mais difícil da paternidade foi quando três das filhas decidiram morar fora do Brasil. “Doeu muito quando elas tomaram a decisão de morar fora do país para ficar distante. Mas com o tempo você percebe que hoje em dia elas estão em um lugar seguro, e falo com elas quase todos os dias”. 

Reginaldo já rodou o mundo acompanhando a Fórmula 1, cobriu duas Copas do Mundo – na Espanha, em 1982, e no México, em 1986 –, os Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984, já viu o Brasil subir ao pódio com os três campeonatos de Ayrton Senna, entre outras coberturas importantes. A ausência na família era inevitável, mas com a filha mais velha, ele conseguiu suprir nos primeiros anos de vida dela. 

“Ela viajava muito com a gente, morou comigo na Europa. Já as outras passaram a viajar comigo somente nas férias. Comecei a sentir a distância, quando estava sozinho. é a parte dura da profissão, mas como ser humano a gente se adapta. Eu chegava em casa numa terça-feira e na outra quarta já tinha que viajar. É quando a gente percebe que a vida passou mais depressa para você do que para outras pessoas”, diz.

Conselhos de filha

Daniela hoje trabalha com Reginaldo Leme. Se formou em arquitetura, mas deixou a profissão para se dedicar aos negócios do pai. É ela quem gerencia a carreira do comentarista e herdou dele o amor pelo automobilismo. 

O jornalista lembra dos conselhos que recebia da filha quando ela era pequena. “Ela dava uns palpites que eu pensava assim ‘puxa vida, é isso aí’. E hoje aprendo demais com todas elas”, enfatiza.

Seu maior sonho: poder ter toda família reunida. ‘Nos encontramos fora do Brasil, aqui. Mas o sonho é esse, de estarmos todos juntos, filhos e netos”. 

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