O Melhor da Tarde conversou nesta com o psiquiatra Pablo Vinícius para falar sobre o comportamento de alguns participantes do reality show Big Brother Brasil, da Rede Globo, que estão deliberadamente isolando e atormentando outros companheiros de confinamento. Para o médico, Karol Conká – por exemplo – está agindo daquela forma por estar exposta a um alto nível de estresse.
“A Karol é aquilo que está lá? Não. Aquilo é a Karol potencializada e, por isso, pessoas que a conhecem não estão reconhecendo. Aquela não é a rotina dela, não é a vida dela. Ela está numa situação de estresse elevadíssimo e que, de fato, vai potencializar certos traços da personalidade”, explicou Vinícius.
“Talvez, numa situação normal da vida, o traço esteja lá, mas ela consiga administrar melhor do que numa situação em que está tudo potencializado”, disse ainda. “Quando somos submetidos a este tipo de situação, a gente perde a razão e é dominado pela emoção. A gente vira um animal”, completou.
Para Vinícius, o programa tira as pessoas do seu “normal”. “Todos ali não estão em suas rotinas normais. Estão mais ansiosos, mais tensos, mais preocupados, estão com milhares de câmeras olhando para si, então eles não estão normais do ponto de vista afetivo. E o que a emoção faz? Ela é como se fosse uma lupa na personalidade. Naquele momento o que seria um traço de agressividade normal sair, ele vem aumentado”, explicou.
O caso de Lucas Penteado
Para o psiquiatra, o episódio de Lucas Penteado na festa do Big Brother Brasil pode ser classificado como um surto. “A gente pode até usar a palavra surto, crise ou alteração abrupta. Porque ele, aparentemente, não vinha com aquele comportamento e, de repente numa festa, veio com o comportamento. O álcool pode ser um gatilho desse tipo de coisa e a gente sabe que as festas são regadas a álcool”, disse.
“Se não tivesse álcool na festa do BBB, o programa não seria o que é. Muita coisa vem decorrente do que acontece nas festas e, consequentemente, da bebida. Acho que ele realmente teve uma ruptura com seu normal de padrão de comportamento, provocado pelo álcool e pelo estresse do confinamento. Você imagina o que é isso na cabeça de um jovem, tudo junto? Ele se perde”, finalizou.