Dona do restaurante Kitanda diz que Pesadelo na Cozinha mudou sua vida

Tanea participou do último episódio da 3ª temporada do programa e conseguiu se reinventar em meio à pandemia

Stefani Sousa

Tanea já foi dona de um dos 50 melhores restaurantes do Brasil
Carlos Reinis/Band

Transformar ingredientes em pratos saborosos e que contam histórias é a especialidade da chef Tanea Romão, dona do Kitanda (@casadatanea), restaurante tema do último episódio de Pesadelo na Cozinha. No passado, a cozinheira e suas receitas estiveram na lista dos 50 melhores estabelecimentos do Brasil. O negócio ficava em Minas Gerais e era um sucesso, mas, após alguns problemas, o sonho de viver da gastronomia passou por dificuldades e ganhou novo formato na Vila Romana, em São Paulo. 

Distante do que já foi um dia, o restaurante (que hoje divide espaço com a casa da chef) perdeu a essência e se tornou amador. Exausta pela situação, Tanea confiou em Erick Jacquin para dar cara nova ao lugar. O resultado não só mudou tudo por lá - dos ambientes ao cardápio, como também foi uma injeção de ânimo e empoderamento na cozinheira. Um ano após as gravações, ela se sente realizada. 

“Não fosse o programa, eu não teria tido forças para encarar a situação imposta pela pandemia. Eu estava muito frágil emocionalmente e o que vivi foi como um tratamento médico. Antes do Pesadelo, eu tomava antidepressivos, mas agora consegui parar com os remédios. Foi uma semana que mudou a minha vida. Hoje sinto que eu posso e sou capaz de tudo. É incrível, tive o melhor ano dos meus últimos 10”, contou em entrevista ao Portal da Band

Resiliência, inovação e força 

Apesar de todas as dificuldades de viver uma pandemia e ter seu restaurante fechado, sem verba, funcionários ou clientes, Tanea aproveitou a energia de renovação após as gravações para inovar ainda mais. Decidiu deixar de lado o plano de reabertura do lugar e foi à luta. Sozinha, se viu sem dinheiro para manter o aluguel e até mesmo para produzir receitas. 

A solução para o caos veio em forma de marmitas, que passaram a ser vendidas no portão. Por causa do isolamento social, tudo dependia somente dela, que fazia compras, negociava pagamentos atrasados com fornecedores, cozinhava, entregava e ainda dava um jeito de fotografar e divulgar tudo nas redes sociais. “Me vi em uma situação desesperadora, com muitas dívidas. Cheguei a não trabalhar por não ter como comprar ingredientes. Foi quando resolvi fazer a assinatura das marmitas, vendendo pacotes aos clientes, que me pagavam antecipadamente.” Deu certo! 

Atenta ao mercado, a chef percebeu que oferecer maior variedade no cardápio e apostar em diferentes receitas poderia ser a chave do sucesso. Começou a produzir de tudo: bolos, empadas, salgadinhos, pães e pastel. Na ‘Casa da Tanea’, novo nome do restaurante, cada dia é uma oportunidade para criar coisas deliciosas. “Só consegui fazer tudo isso porque eu tinha uma cozinha equipada, se fosse antes não teria sobrevivido um mês”, confessa.

Por mais de um ano, a cozinheira produziu bastante, mas não conseguiu mostrar sua casa para o mundo. Por ser do grupo de risco da Covid-19, mesmo quando teve autorização para abrir as portas, preferiu esperar mais um pouco. Agora, com a transmissão do programa saindo do forno, planeja os novos passos de seu restaurante. 

“Vamos ter o cardápio do Jacquin completo sob encomenda e seguiremos com algumas coisas que inventei durante a pandemia. Fiz o cadastro nos aplicativos de entrega e, além das retiradas no portão, também vamos atender por lá. Estou ansiosa e um pouco nervosa para assistir tudo e acompanhar a repercussão”. Vai ser um sucesso, chef!

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