Oscar 2021 é o mais diverso até agora; confira resumo da premiação que acontece em 25 de abril

Da Redação, com Metro Jornal

Oscar 2021 é o mais diverso até agora Reprodução/Facebook
Oscar 2021 é o mais diverso até agora
Reprodução/Facebook

A premiação mais popular da sétima arte ainda tem muito o que melhorar em termos de diversidade, mas, em 2021, deu passos importantes nesta direção. Os indicados para a premiação, marcada para 25 de abril, foram anunciados ontem e trazem mais representatividade a Hollywood.

Em melhor direção, as mulheres fizeram história: pela primeira vez, duas diretoras foram indicadas no mesmo ano. Chloé Zhao, de origem chinesa, que ganhou o Globo de Ouro por Nomadland, concorre com a britânica Emerald Fennell, de Bela Vingança, e outros três diretores, incluindo o sul-coreano Lee Isaac Chung, de Minari – Em Busca da Felicidade.

As categorias de atuação também tiveram mais cores. Pela primeira vez, a premiação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas indicou uma grande quantidade de atores que representam diferentes etnias.   

Foram nove, dos quais seis afro-americanos (Viola Davis, Andra Day, Chadwick Boseman, Daniel Kaluuya, Leslie Obom Jr. e Lakeith Stanfield),  dois asiáticos (Steven Yeun e  Yuh-Jung Youn) e um árabe (Riz Ahmed).

Veja abaixo mais detalhes das indicações e particularidades do Oscar deste ano:

É melhor ou pior?

Glenn Close  é tida como uma das atrizes mais injustiçadas da história do Oscar: foram sete indicações, sem nenhum reconhecimento até agora. Neste ano, seu desempenho no criticado Era uma Vez um Sonho, da Netflix, rendeu-lhe um feito inédito. Concorre, pelo mesmo papel, a melhor atriz coadjuvante no Oscar e a pior atriz coadjuvante no Framboesa de Ouro.

Coadjuvantes

Em Judas e o Messias Negro, Daniel Kaluuya e Lakeith Stanfield dividem o protagonismo na história real sobre o líder dos Panteras Negras no Illinois, Fred Hampton. Mas, por decisão de estúdio, foram colocados para concorrer entre os coadjuvantes, o que é injusto para artistas que brilharam, mas têm menos tempo em cena, caso de Paul Raci, mentor do baterista que perde a audição em O Som do Silêncio.

Póstumo

A última atuação de Chadwick Boseman, que morreu no ano passado em decorrência de um câncer, é favorita. O ator concorre postumamente por A Voz Suprema do Blues.  A última vez que a Academia premiou um artista já morto foi em 2009, quando a família de Heath Ledger recebeu a estatueta de melhor ator por seu desempenho como Coringa em Batman: O Cavaleiro das Trevas.

Nada de Brasil

Mesmo o Brasil tendo ficado de fora na categoria de filme internacional (nosso pré-indicado, Babenco, de Bárbara Paz, não foi selecionado), havia esperança de que sobrasse alguma indicação para Bacurau, que estreou no ano passado nos Estados Unidos e poderia concorrer em outras frentes. Não rolou.

Billie Holiday pode roubar a cena

A atriz Andra Day interpreta uma das mais lendárias cantoras americanas em Estados Unidos vs Billie Holiday e, com isso, pode interromper o favoritismo de Frances McDormand na premiação. A atriz de Nomadland tem duas estatuetas em casa.

Estreias enroscadas

O público brasileiro que gosta de assistir aos filmes antes da premiação vai precisar ser paciente. Por conta do agravamento dos números da pandemia e do fechamento das salas de cinema, Bela Vingança, Nomadland, Minari e Meu Pai ainda não chegaram às telonas. Judas e o Messias Negro foi o único a entrar no circuito. Mank e Os 7 de Chicago podem ser vistos na Netflix, enquanto O Som do Silêncio está na Amazon Prime Video.

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