Oppenheimer, filme dirigido por Christopher Nolan, é o favorito absoluto para conquistar o Oscar de melhor filme neste domingo (10). O longa conta a história verídica de J. Robert Oppenheimer, conhecido como “o pai da bomba atômica”, passando por diversos detalhes de sua trajetória. Apesar de reconhecer que o longa é o candidato mais forte da premiação, a colunista de cinema da BandNews FM Flávia Guerra diz que tem ressalvas em relação à narrativa.
“Não acho o Oppenheimer um herói, acho ele muito complicado. Acho que o tratamento do filme torna ele uma figura ‘heroica’. Aquele tratamento me incomoda. Eu tenho questões com a narrativa em si porque para mim o ápice dramático do filme é a bomba. Mas ele cria todo um ápice em cima do nosso fetiche por fogos de artificio, pela bomba, pelo drama, mas não é a bomba real. É uma bomba que explode em um lugar protegido”, destac a jornalista no programa Muito +, do Band Entretê.
Para a especialista, seria interessante se o longa contextualizasse mais o tema, até mesmo com imagens da vida real.
“Tem uma ceninha em que ele contextualiza visualmente. Uma! Eu defendo que se eu fosse bater um papo com o Nolan, eu falaria: ‘Nolan, por que você não coloca isso nos créditos? Bota as cenas de Hiroshima e Nagasaki no crédito, porque aí você corte para o real’. Para mim, como espectadora, faltou", exemplifica Flávia.
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