Luciana Cardoso, usou as redes sociais nesta semana, para apoiar as Olimpíadas dos Transplantados. Depois do transplante de Faustão, ele prometeu apoiar causas como essa. Recentemente, a família do apresentador Fausto Silva, foi a Brasília defender o projeto de lei que propõe doações de órgãos "automática" na Câmara dos Deputados.
No vídeo, seguido por fotos dos atletas, Lu explica: “Em 2023, o Brasil participou dos jogos da Austrália e trouxe 25 medalhas, sendo 7 de ouro. Em 2024, vão acontecer novas competições nos EUA e em 2025, na Alemanha”. Em seguida, a esposa de Faustão convida empresas a apoiarem e conhecerem a causa. “Quem sabe a gente coloque o Brasil no primeiro lugar de apoio a atletas transplantados”.
Nos comentários, um dos times que participam das Olimpíadas do Transplante, agradeceu a lembrança e apoio. “Somos um time de atletas transplantados que têm no esporte sua motivação para mobilizar a sociedade sobre doação de órgãos e tecidos! Que o Fausto se recupere prontamente, para que, em breve, possamos juntos causar um impacto positivo no cenário brasileiro de doações e transplantes! Conte conosco!”.
O Brasil tem o maior sistema público de transplante de órgãos de todo mundo e é o segundo país maior transplantador, atrás apenas dos Estados Unidos. A estrutura é gerenciada pelo Ministério da Saúde, que garante que 90% das cirurgias sejam feitas por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
O que são as Olimpíadas dos Transplantados?
Em 1978 foi criado na Inglaterra, com a participação de 99 atletas do Reino Unido, França, Grécia, Alemanha e Estados Unidos o World Transplant Games. Os objetivos eram utilizar o esporte de competição para mostrar a recuperação da saúde dos transplantados e assim promover e motivar a doação de órgãos.
Também conhecidos como a Olimpíada dos Transplantados, entre as características dos jogos, uma é especial: os participantes não são apenas atletas que buscam a vitória olímpica como objetivo de vida. São pessoas que, após o transplante, têm no esporte a oportunidade de mostrar ao mundo que a esperança é sempre maior que todos os desafios que estão à nossa volta e que com coragem e perseverança é possível vencê-los.
Assim, os jogos não são apenas mais uma competição. São a celebração da alegria da vida e a oportunidade de mostrar ao mundo que a esperança é maior que todas as dificuldades que estão à nossa volta.
No site oficial, o projeto sem fins lucrativos, explica que os Jogos Mundiais de Transplantados conscientizam o público sobre a importância e os benefícios da doação de órgãos, demonstrando a saúde e a boa forma física que podem ser alcançadas após o transplante.
“Os nossos atletas são embaixadores do valor da doação de órgãos, esforçando-se por uma reabilitação completa via exercício, camaradagem e vida saudável, e dando esperança às pessoas em listas de espera para transplantes em todo o mundo. Os jogos oferecem aos beneficiários uma forma de dizer “obrigado” àqueles que tornaram tudo isto possível — dadores vivos e falecidos, suas famílias, profissionais de saúde, investigadores e prestadores de cuidados. Sem eles, não haveria ninguém na linha de partida”, explica a página.
Existe uma Liga de Atletas Transplantados do Brasil?
Sim! Tudo começou quando alguns atletas transplantados começaram a conversar sobre o sonho de participar do WTG 2023 (World Transplant Games), na Austrália. Certos de que a união faz a força, decidiram formar um coletivo para lutar por esse sonho.
A partir daí, formou-se um coletivo que enxerga no esporte, um meio de conectar atletas brasileiros transplantados de órgãos e tecidos com uma vida esportiva ativa, isto é, que têm uma rotina consistente de treinamentos e de participação em eventos esportivos nacionais e internacionais.
Eles acreditam em um salvar vidas pelo aumento da conscientização sobre doação de órgãos e buscam apoiar e levar esperança a outras pessoas, mostrando, através dos exemplos de vida dos próprios atletas, que a superação é sempre uma possibilidade. Além disso, disseminam esclarecimentos acerca do esporte e seus impactos positivos na saúde física e mental de pacientes em pré e pós-transplante e à todas as pessoas.
Dessa forma, a Liga de Atletas Transplantados do Brasil, estimula e fomenta o crescimento do esporte para transplantados em todo o país.
Saiba o que é a doação de órgãos "automática" também defendida pela família
No dia 27 de agosto, Faustão, de 73 anos, passou por uma cirurgia de transplante de coração. Ele ficou internado por mais de um mês no Hospital Albert Einstein após apresentar um grave quadro de insuficiência cardíaca.
A fim de motivar a doação de órgãos, João Guilherme Silva e Luciana Cardoso pousaram em Brasília para apoiar um Projeto de Lei sobre a doação “automática” de órgãos. “Estamos aqui para uma causa muito bacana. Viemos aqui tentar mudar essa legislação, falar com deputados, com senadores também, para ver se a gente consegue mudar a legislação para doação presumida”, declarou o filho do apresentador.
O que significa doação presumida de órgãos?
João Guilherme explicou como funciona a modalidade: “Todo mundo é doador até que a pessoa decida, na verdade, se não quiser ser doadora, que a pessoa se pronuncie. Então, até o contrário, todo mundo é doador. Vamos tentar mudar a história do Brasil e todas essas pessoas na fila hoje, consigam o órgão mais rápido”, completou.
Atualmente, o Brasil adota o modelo da doação consentida. Nesses casos, a família do paciente — ou a própria pessoa, em casos de doadores vivos — deve autorizar a retirada do órgão para um possível transplante.