Silvio Santos, que morreu aos 93 anos, nunca se levou a sério no palco, fazendo brincadeiras com as colegas de auditório – como se dirigia às caravanas formadas por mulheres em seus programas. Fora do ar, o apresentador fugia de entrevistas e foi para evitar uma jornalista que ele disseminou uma fake news sobre a própria saúde em 2003. Para o animador debochado era mais uma de suas brincadeiras, como as que ele gostava de fazer na televisão.
Ao atender a uma ligação da repórter da Contigo! diretamente da casa onde gostava de passar férias em Orlando, na Flórida, Silvio declarou que tinha uma doença terminal no coração e que, portanto, precisava de repouso. Não parou por aí. O apresentador ainda contou que venderia o SBT para Boni e a emissora mexicana Televisa. Imagina a confusão!
O conteúdo da entrevista era tão sério que a direção da revista pensou e repensou se era publicável ou não. A decisão final, como se sabe, foi pela publicação, o que rendeu uma matéria de capa.
Mesmo assim, a revista trouxe uma foto de Silvio caminhando normalmente com um carrinho de supermercado – dando a entender que ele estava aparentemente bem –, o que contrariava a declaração bombástica. Ainda assim, jornais, revistas e programas de TV repercutiram o caso.
Na Band, o apresentador José Luiz Datena, no “Brasil Urgente”, entrevistou pessoas próximas a Silvio, que hesitavam acreditar sobre o que Silvio havia dito para a Contigo!. Foi na Band, também, que a polêmica enfim foi encerrada, após o apresentador Gilberto Barros, no extinto programa Boa Noite Brasil, trazer a informação de que Silvio estava bem após uma apuração exclusiva.