“O Brasil Visto do Alto” já está disponível no Bandplay. Com duração de 50 minutos, a obra da Produtora Canarinho, dirigida por Luciano Oreggia e Pedro Saad, leva você às alturas para explorar paisagens brasileiras em uma perspectiva deslumbrante.
O que esperar do documentário:
“O maior quadro do mundo”.
Foi assim que o escritor fluminense Euclides da Cunha (1866-1909) definiu a Amazônia. É exatamente por lá que a jornada de “O Brasil Visto do Alto” se inicia: na região norte.
A obra apresenta detalhes sobre a diversidade da vegetação local, além da sua história e arquitetura, como os exemplos que estão presentes no centro histórico de Manaus: o Largo de São Sebastião e o Teatro Amazonas.
Você também vai conhecer a Zona Franca capital amazonense, um dos polos industriais mais importantes do país, além do Palácio Rio Negro e o bairro de Educandos, que é conhecido por suas muitas palafitas – casas simples de madeira construídas sobre rios e manguezais.
“Eu vi o mundo, e ele começava no Recife”.
A frase é do pintor pernambucano Cícero Dias (1907-2003). Através dela, o documentário anuncia sua passagem pelo Nordeste, apresentando a história do porto do Recife, as características herdadas pela presença holandesa na cidade, além dos principais pontos turísticos e culturais, como o parque das esculturas do artista recifense Francisco Brennand (1927-2019).
Uma das capitais mais antigas do Brasil, fundada em 1537, Recife é conhecida como a Veneza Brasileira, por suas pontes e rios.
A capital do frevo abriga o Ginásio Pernambucano, o mais antigo colégio do Brasil ainda em atividade. Você também vai conhecer a Rua da Aurora, o Rio Capibaribe e detalhes arquitetônicos do centro histórico.
“O céu é o mar de Brasília”.
Quem disse isso foi o arquiteto francês, mas radicado no Brasil, Lúcio Costa (1902-1998). Ele foi responsável pelo projeto piloto da capital federal.
Através das lentes do documentário no centro-oeste, você vai observar detalhes concretos do que foi construído em Brasília sob as ideias do arquiteto. Mas por lá também existem outras construções importantes para a cultura e política nacional que são símbolos dos traços de outro arquiteto: Oscar Niemeyer (1907-2012).
O Palácio da Alvorada, Palácio do Planalto, sua obra autodeclarada predileta, e o Itamaraty. Para Niemeyer, a arquitetura é uma manifestação do espírito, da imaginação e da poesia.
“O Rio de Janeiro continua lindo...”.
A canção “Aquele abraço” foi escrita pelo compositor e cantor soteropolitano Gilberto Gil (82), enquanto pegava um voo do Rio a Salvador. A vista aérea da cidade, provavelmente, o fez criar a frase que faz parte da memória afetiva que todo brasileiro tem com a beleza da capital fluminense.
Principal cartão-postal do Brasil, a paisagem carioca surge em “O Brasil Visto do Alto’’ a partir do Pão de Açúcar, passando pelo centro da cidade, com seus prédios e praças influenciados pela presença da família real portuguesa, nos tempos do Brasil Colônia.
O Jardim Botânico, a floresta da Tijuca, o Corcovado e os antigos armazéns da zona portuária também são destaque. A aventura aérea pelo Sudeste começa no Rio e vai até São Paulo.
“Não existe amor em SP...”?
A frase impactante e reflexiva dá título à canção escrita em 2011 pelo compositor e cantor paulistano Criolo (48).
Vista do alto, São Paulo é imponente e pode intimidar e surpreender desde os mais íntimos até os que a conhecem de longe. O documentário nos leva a desbravar as várias nuances, modos, costumes, frequências e visões sobre a cidade e nos mostra que sampa é um convite à poesia. Sim, São Paulo sempre dá caldo para muita poesia.
O documentário vai até o berço da cidade: o Pátio do Colégio. Foi lá onde Padre Anchieta, com ajuda de crianças indígenas, traduziu conceitos religiosos para a língua dos índios.
“O Brasil Visto do Alto” também destaca o protagonismo de São Paulo na arquitetura. A obra leva você a conhecer a Estação da Luz, a Pinacoteca, os casarões da Avenida Paulista, o MASP – Museu de Arte de São Paulo -, e o Instituto Moreira Salles.
“Kur yt iba”, do tupi-guarani: lugar de muitas pinhas.
O documentário sobrevoa o Sul do Brasil com imagens de Curitiba, a capital do estado do Paraná.
A terra cheia de pinheiros, tem esse nome batizado pelas tribos indígenas que habitavam o local, como o povo Tingui.
O verde em abundância é apenas uma das características que fez Curitiba ganhar fama como cidade sustentável. Suas ruas e avenidas são bem projetadas e o transporte público é um modelo copiado por outras cidades no Brasil e no mundo.
A produção também apresenta o Palácio Iguaçu, o Museu Oscar Niemeyer, o Largo da Ordem, a Ópera de Arame e o famoso Jardim Botânico da cidade.
Com fotografia de Heitor Cavalheiro e Pedro Saad, “O Brasil Visto do Alto” celebra a imensidão do país e convida o brasileiro a olhar mais profundamente para si mesmo e para sua história.
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