Morte de Marília Mendonça coloca “feminejo” no New York Times; veja a repercussão internacional

Billboard, People e Clarín também estão entre os veículos internacionais que noticiaram a morte da Rainha da Sofrência

Da redação

Marília Mendonça morreu após avião bimotor cair em Minas Gerais
Foto: Divulgação/Equipe Marília Mendonça

A morte de Marília Mendonça, na última sexta-feira, 05, ganhou repercussão internacional. Um dos principais jornais do mundo, o The New York Times, usou a palavra “feminejo” para ressaltar o poder da cantora no sertanejo, segmento musical dominado por homens no Brasil. People, Billboard e Clarín estão entre os veículos de outros países que noticiaram a tragédia.

O The New York Times também usou a expressão “Queen of Suffering” - “Rainha da Sofrência”, traduzido do inglês - para se referir à Marília Mendonça. O perfil New New York Times, no Twitter, repercutiu a palavra “feminejo”, usada pela primeira vez, pelo jornal nova iorquino.

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“As legiões de fãs dela encontraram poder nas letras das canções, que imploravam às mulheres para que rejeitassem relacionamentos abusivos. As músicas também contavam histórias de personagens imperfeitos”, pontuou o The New York Times.

A Billboard, uma das principais revistas de música do mundo, que lista os hits mais tocados, fez duas reportagens sobre Marília Mendonça. 

Um texto relaciona a cantora à sexta colocação da parada Billboard Social 50 chart - mede o desempenho dos artistas entre o público nas redes. A marca foi atingida após o sucesso de uma live em abril de 2021, num dos momentos mais duros da pandemia de covid-19 no Brasil.

A outra reportagem da Billboard fez um perfil musical de Marília Mendonça: “Excelente contralto com uma voz profunda e próxima do soul, que trouxe um toque do pop internacional às músicas tradicionais, acompanhadas de acordeão".

O site português Sapo chegou a comparar Marília Mendonça à Adele por destacar o sofrimento nas músicas. O veículo ainda relembrou a estreia da brasileira em Lisboa, em 2019, quando se apresentou por duas horas.

A revista People destacou homenagens feitas por personalidades brasileiras, como Anitta e o presidente Jair Bolsonaro. Além disso, relembrou a indicação de Marília Mendonça ao Grammy Latino de melhor álbum - “Realidade” (2017). Dois anos depois, a sertaneja venceu o prêmio na mesma categoria, com o trabalho “Todos os Cantos” (2019).

Na Argentina, o perfil feito pelo Clarín caracterizou Marília Mendonça como “efêmera, mas exitosa”, além de destacar o fato da artista ter começado a compor muito nova. “Apaixonada pela música, decidiu começar a escrever as suas primeiras letras e a compor suas próprias canções. Porém, não imaginava o sucesso que alcançaria um tempo mais tarde", diz o texto.

Relembre a carreira de Marília Mendonça

Marilia Dias Mendonça nasceu no dia 22 de julho de 1995 em Cristianópolis, em Goiás. A artista começou a carreira musical ainda na infância, aos 12 anos de idade, como compositora — ela assina letras de sertanejos como Wesley Safadão, Jorge & Mateus e Matheus & Kauan.  

Em 2016, lançou seu primeiro álbum, "Marilia Mendonça: Ao Vivo", gravado em São Paulo (SP). O disco conta com músicas como "Infiel" e "Alô Porteiro", que consagraram Marilia como "rainha da sofrência".  

A cantora ganhou o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Sertaneja em 2019 com o álbum "Todos os Cantos", projeto musical que viajou o país com shows e foi registrado em documentário pela plataforma de streaming Globoplay.

Vida pessoal

Marilia Mendonça deu à luz Leo, seu único filho, no dia 16 de dezembro de 2019. O menino é fruto da relação com o cantor sertanejo Murilo Huff. Eles começaram a namorar em 2017; o relacionamento, marcado por "idas e vindas", chegou ao fim em setembro deste ano.

Entenda o acidente

A cantora sertaneja Marília Mendonça morreu nesta sexta-feira (5) aos 26 anos. A artista foi resgatada sem vida após um acidente de avião em Piedade de Caratinga, no interior de Minas Gerais. A aeronave, que levava a artista e mais quatro passageiros, caiu por volta das 15h20 em um curso d'água.  

"Com imenso pesar, confirmamos a morte da cantora Marilia Mendonça, seu produtor Henrique Ribeiro, seu tio e assessor Abicieli Silveira Dias Filho, do piloto e do copiloto do avião, os quais iremos preservar os nomes neste momento", informa a assessoria da cantora em nota à imprensa.

O avião decolou de Goiânia (GO) com destino a Caratinga (MG), onde Marilia teria uma apresentação na noite de hoje.

A aeronave é um bimotor Beech Aircraft, da PEC Táxi Aéreo, de Goiás, prefixo PT-ONJ, e tinha capacidade para seis passageiros. Segundo o sistema da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a situação de aeronavegabilidade do avião estava normal e a operação era permitida para taxi aéreo.

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