“Minha vida foi salva pelo SUS”, diz Tati Minerato após cirurgias malsucedidas e 35 dias de internação

Tati Minerato e Sylva Regina Minerato, mãe da modelo, estiveram no Melhor da Tarde desta segunda-feira, 31, para falar sobre as malsucedidas cirurgias de lipoaspiração e de troca das próteses de silicone

Da redação, Melhor da Tarde

Tati Minerato cobra postura de médico, que negligenciou atendimento e, agora, acusa ela e a mãe de invasão Reprodução
Tati Minerato cobra postura de médico, que negligenciou atendimento e, agora, acusa ela e a mãe de invasão
Reprodução

Tati Minerato e Sylva Regina Minerato, mãe da modelo, estiveram no Melhor da Tarde desta segunda-feira, 31, para falar sobre as malsucedidas cirurgias de lipoaspiração e de troca das próteses de silicone. O caso veio à tona na semana passada, após o médico Felipe Tozaki, divulgar as imagens do circuito de segurança do consultório que mostravam as duas deixando o edifício acompanhadas de policiais. Segundo Tati, elas foram até lá cobrar uma postura do médico, que negligenciou atendimento e, agora, acusa as duas de invasão ao edifício. “É normal você sair da cirurgia e ficar 35 dias hospitalizada, tratando uma infecção decorrente da cirurgia? Não é normal. Não é normal trocar a prótese e fazer outra cirurgia para reparar o que ele fez (...). Minha vida foi salva pelo SUS”, contou ela que ficou 35 dias internada em um hospital público, após fazer os procedimentos em uma clínica particular.

Tati foi operada dia 18 de maio para trocar as próteses de silicone das mamas e realizar uma lipoaspiração na região das costas. Após 10 das da cirurgia, os pontos dos seios começaram a abrir e a modelo sentia muita dor. Tati foi até o consultório do dr. Felipe Tozaki, que receitou um antibiótico. Poucos dias depois, viu sua pele ser infestada de manchas vermelhas na pele, teve febre alta e muita fraqueza. Num hospital público de São Paulo, foi internada (totalizando 35 dias de internação), com risco sofrer com infecção generalizada. “A medicação que ele me passou foi errada, deixou a bactéria ainda mais forte”, contou ela. 


Na semana passada, Tati e a mãe, Sylvia, foram até o consultório do dr. Felipe Tozaki, que chamou policiais. “Ele pôs o tamanho de prótese que ele quis. Eu não gostei e fui expor minha insatisfação e ele nega qualquer erro. Minha mãe ficou nervosa, se exaltou, ele chamou os policiais. Mas, no momento em que a polícia chegou, já estava tudo tranquilo”, contou Tati à Catia Fonseca.
 

Sylvia, mãe de Tati, chorou no palco do Melhor da Tarde ao falar sobre a acusação de invasão. “Tenho duas filhas e elas são tudo para mim. Quem me conhece sabe disso. Minha filha tão jovem, tão bonita.... Foram os piores dias da minha vida. Se coloca no meu lugar. Cheguei no hospital [público, onde Tati ficou internada] com minha filha carregada nos meus braços, sem ela conseguir andar. Eu cheguei lá com ela tendo risco de uma infecção generalizada, mais um pouco e teria acontecido algo pior, não quero nem dizer a palavra”, falou ela, aos prantos. 

De acordo com Tati, o caso só veio à tona porque o médico divulgou as imagens das câmeras de segurança. “Eu jamais falei o nome dele, ou qualquer outra coisa. Eu ia sofrer calada todo esse tempo. A única pessoa prejudicada fui eu, que perdi contratos, trabalhos, não me olhava no espelho... Não conseguia dormir com essa alergia”, relembrou Tati. “O consultório dele fica no nono andar, não tínhamos como invadir, passamos pela recepção, que autorizou nossa entrada. Chegando lá, ele nos convidou a entrar. A conversa começou amigável, estávamos buscando nele algo que ele não havia feito nesse tempo todo, afinal a Tati fez dois procedimentos e os dois deram errado”, completou Sylvia. 

Após o encontro, segundo a modelo, o médico propôs um novo encontro com os advogados dele, mas na quarta-feira passada, a divulgação das imagens aconteceu. “Amanheço com várias pessoas dizendo que havíamos sido escoltadas pela polícia. A exposição partiu dele. As imagens são da câmera de segurança dele (...). Em nenhum momento ele me procurou para conversar sobre o que tinha acontecido. Nós fomos até lá, eu e minha mãe, e a postura dele foi menosprezar meu sofrimento, foi uma pessoa fria e não me ofereceu suporte e assistência.”

Mais notícias

Carregar mais