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Mesmo com feito histórico, Beyoncé segue sendo esnobada no Grammy

Cantora quebrou o recorde de maior número de gramofones conquistados, mas não levou em nenhuma das categorias principais

Guilherme Machado

Mesmo com feito histórico, Beyoncé segue sendo esnobada no Grammy
REUTERS/Mario Anzuoni

Beyoncé conquistou seu 32º Grammy neste domingo (5). Com isso, a cantora se tornou a maior vencedora da história da premiação. O momento marcante é agridoce, uma vez que ao mesmo tempo em que é a artista mais reconhecida pela Academia Nacional de Artes e Ciências de Gravação, ela é também uma das mais esnobadas, algo que se repetiu nesta cerimônia mais recente. Isso porque, mais uma vez, a artista ficou sem levar os gramofones nas categorias mais importantes.

Todas as vitórias de Beyoncé no domingo foram em categorias secundárias: melhor canção de R&B, melhor performance tradicional de R&B, melhor gravação de dança ou eletrônica e melhor álbum de dança ou eletrônica.

Ela estava indicada a três das quatro principais categorias: melhor álbum, melhor gravação e melhor música do ano. Não faturou nenhuma. O que deixa esse cenário mais gritante é que está longe de ser a primeira vez.

Das 32 vitórias que Beyoncé teve no Grammy, ela ganhou um dos prêmios principais apenas uma vez, quando faturou o gramofone de melhor canção do ano por "Single Ladies (Put a Ring on It)". Já nas outras, zero.

O caso mais emblemático é o do prêmio de álbum do ano. Indicada quatro vezes, incluindo agora por “Renaissance”, ela perdeu em todas. Em 2017, sua derrota pelo álbum “Lemoande” foi particularmente chocante. 

O disco havia sido um dos mais elogiados do ano pela crítica especializada, que destacou sobretudo seu conteúdo social e suas letras ousadas. Porém, foi Adele, com seu álbum “25”, que levou a melhor.

Quando subiu ao palco para receber o prêmio, Adele chegou a comentar a situação e disse diante de todos que acreditava que Beyoncé deveria ter levado o prêmio em seu lugar. “Esse álbum [Lemonade] foi monumental”, enfatizou a britânica.

Este ano, o Grammy teve a chance de corrigir esse equívoco histórico e enfim reconhecer uma das maiores artistas contemporâneas em uma de suas principais categorias. Mais uma vez, os votantes preferiram ir por outro caminho.

Beyoncé é uma rainha da música e ninguém nega isso – seu recorde na premiação é prova. Porém, ao mesmo tempo, esse recorde parece contar uma história ainda incompleta, tendo em vista que o pódio maior segue elusivo. Pior para o Grammy, que insiste em seus erros. 

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