Peeling de fenol não pode ser feito por esteticistas, diz médica dermatologista

A especialista Elisete Crocco esteve no Melhor da Tarde, desta terça-feira (4), e explicou que o procedimento pode ter intercorrências que só podem ser resolvidas por um médico

Da Redação

A morte do jovem Henrique Silva Chagas, de 27 anos, chocou o país e também a comunidade médica. O empresário morreu na última segunda-feira (3) após ser submetido a um peeling de fenol, procedimento que promete rejuvenescer o paciente em até 10 anos, feito pela esteticista e influenciadora Natalia Becker.

O Melhor da Tarde conversou com a médica Elisete Crocco, dermatologista da Santa Casa de SP, para entender os eventuais problemas que levaram à morte de Henrique.

"O fenol é uma substância que tem três grandes riscos: para o coração, para o rim e para o fígado. Então para o paciente poder se submeter a esse procedimento, o médico checa antes através de exames de sangue e um eletrocardiograma. O paciente precisa ser verificado se ele tem uma saúde boa para fazer o procedimento", explicou Elisete.

A especialista disse ainda que é necessário fazer uma avaliação prévia da pele do paciente para saber se ele suportará o procedimento. "O peeling é bastante doloroso. Por isso, é preciso ver as condições da pele da pessoa antes que o produto seja aplicado. Exemplo: se tem bastante acne, como é a cicatrização e também o tom da pele da pessoa."

"Não é muito interessante que pessoas de pele morena ou escura façam o peeling. Isso porque ela pode ficar com o tom da pele diferente do resto do corpo, e isso é ruim", completou.

Por fim, a médica ressaltou que esse procedimento deve ser feito apenas por um dermatologista. "Podem ter intercorrências de emergência que só um médico pode resolver."

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