A morte de Luana Andrade aos 29 anos deixou seus seguidores chocados. Segundo o hospital São Luiz, no qual ela estava internada, a influenciadora foi ao local realizar uma lipoaspiração e após duas horas e meia apresentou intercorrência abrupta respiratória e teve uma parada cardíaca. O quadro se agravou e ela sofreu uma embolia pulmonar, o que levou seu falecimento. Segundo médicos ouvidos pelo Melhor da Tarde desta terça-feira (7), este quadro é umas principais complicações que podem ocorrer em um procedimento como este.
“É uma das principais complicações da lipoaspiração ou de cirurgias estéticas com grande mobilização de gordura. Basta [um pedacinho] de nada. Por mais que o coração seja jovem, ele não consegue dar conta de manter aquela pressão aumentada que fica no pulmão, na rede venosa, por conta do êmbolo”, explicou a médica cardiologista Nicolle Queiroz.
Êmbolos são corpos que são transportados pela corrente sanguínea e provocam obstrução de vasos. A médica destacou que é possível que pré-condições do paciente levem aa problemas durante cirurgias como essas, mas que o habitual é um êmbolo gorduroso se desloque e acaba obstruindo algum vaso.
Em outras palavras, quando é realizada uma lipoaspiração, há possibilidade de uma pequena fração da gordura se deslocar para um local que não deve, o que pode levar a obstruções. Por mais pequena que ela seja, é suficiente para gerar um quadro grave.
“Eu trato obesidade e precisamos fazer a prevenção e no pós manter profilaxia. O maior medo, o maior risco, é a embolia pulmonar. Ele para no pulmão. Ele entope e cria uma hipertensão pulmonar. O coração não vence isso”, descreveu o gastroenterologista Eduardo Grecco.