Entregadora de aplicativo é enforcada por cliente após cartão ser recusado

Em Fortaleza, um procurador agrediu a entregadora de aplicativo após cartão não ter saldo o suficiente para pagar o pedido

Da Redação

No Melhor da Tarde desta segunda-feira (25), Catia Fonseca repercutiu o caso da entregadora de aplicativo que foi enforcada no último domingo (24), em Fortaleza, após o cartão do cliente ser recusado pelo banco na hora de pagar o pedido. 

Durante a agressão, o entregador Lemuel Felipe Rodrigues, que estava no local para também entregar um pedido a esse mesmo cliente, gravou com seu celular o exato momento em que a entregadora foi enforcada e expulsa da portaria do prédio:

 “Eu fui fazer uma entrega nesse mesmo endereço onde essa moça estava, para esse mesmo cliente, estávamos entregando juntos. Quando cheguei, ela [a entregadora] já estava na portaria com a filha do rapaz, não estava passando o cartão e falei: “Talvez pode ser a máquina dela, passa aqui na minha, já que são dois pedidos pra mesma pessoa”, explicou Lemuel. 

Segundo o motoboy, após a filha do agressor passar o cartão na outra máquina, apareceu que não tinha saldo o suficiente para pagar o pedido. No mesmo instante, a garota ligou para o pai dela explicando o ocorrido:

 “Ele já desceu gritando. A entregadora já pediu para ele falar mais baixo e avisou: “Olha, se você não falar mais baixo, eu vou pegar seu pedido e vou embora, não tenho culpa do que aconteceu”, afirmou Lemuel.

O entregador relatou ao Melhor da Tarde como foi o exato momento da agressão: “O cliente se alterou, pegou o pedido, jogou pela escada e quando vi, ele já estava enforcando ela e levando pra dentro da portaria”. 

Ao observar a situação, Lemuel começou a gritar por ajuda e, ao olhar ao redor, percebeu que o porteiro estava sentado assistindo à situação: “Comecei a gritar com o cliente, com o porteiro que ficou sentado sem fazer nada, até que a polícia chegou. Ele começou a gritar comigo falando que era procurador”. 

Segundo Lemuel, até a polícia foi negligente no momento da agressão. O entregador afirmou que os policiais não fizeram absolutamente nada com o cliente e apenas o segurava para abafar o caso, já que o agressor se dizia ter o título de procurador. 

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