Defesa de DJ Ivis diz que prisão foi feita por “interesses políticos e midiáticos”

Para os advogados, músico foi preso por conta da repercussão do caso na imprensa

Cíntia Lima e Rafael Pessina

A defesa de DJ Ivis, em pedido de habeas corpus impetrado junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), afirma que houve “interesses políticos e midiáticos” na prisão preventiva do cantor, acusado de agressão à ex-mulher Pamella Holanda. O assunto foi repercutido no Melhor da Tarde desta terça-feira, 20.

“O impetrante sustenta que o paciente é primário, bons antecedentes, famoso e, evidentemente, não irá atentar contra a integridade da vítima. Isso mostra a teratologia da decisão da autoridade coatora, que somado com toda a repercussão midiática e a pública informação noticiada pelo governador do estado do Ceará, há interesses políticos e midiáticos”, diz o texto.

Os advogados do DJ pedem a revogação da prisão preventiva, com aplicação de medidas alternativas à prisão. “Em sumo: não cabe prisão preventiva em caso de violência doméstica sem o descumprimento de prévia medida protetiva”, escreve a defesa. 

Iverson de Souza Araújo está preso desde a última quarta-feira, 14, e foi transferido no dia 16 de julho para a unidade prisional Irmã Imelda Lima Pontes, na região metropolitana de Fortaleza.

Entenda o caso de agressão de DJ Ivis

Iverson de Souza Araújo, conhecido como DJ Ivis, é acusado de agredir a ex-mulher Pamella Holanda. As imagens foram publicadas pela influencer nas redes sociais. Nas gravações, é possível vê-la levando puxões de cabelo, chutes na costela, socos na cabeça e no rosto diante da filha de apenas 9 meses na residência do casal, em Eusébio (CE).

Exames de corpo de delito comprovaram as agressões. A Polícia Civil do Ceará está investigando o caso, que está sob segredo de Justiça. O Ministério Público solicitou uma medida protetiva para Pamella e para a filha, que foi concedida pelo Tribunal de Justiça do estado. As últimas agressões ocorreram no dia 1º de julho, porém a vítima registrou o caso em 3 de julho, não sendo possível lavrar o flagrante. 

Até agora, nove pessoas foram ouvidas no inquérito – entre elas uma babá, a governanta Maria Vaneide e o motorista Charles Barbosa. Pamella vai ser ouvida mais uma vez e repetir o exame de corpo de delito. O novo laudo precisa ser feito um mês depois da agressão para a tipificação do crime no processo.

Em suas redes sociais, DJ Ivis se defendeu dizendo não vivia uma relação saudável há algum tempo com Pamella, que sofreu ameaças e que as imagens divulgadas foram editadas e não mostram todo o conflito. O músico ainda falou que, em março desse ano, registrou um boletim de ocorrência contra a ex-mulher por agressão.

A juíza Maria José Sousa Rosado de Alencar, da Comarca de Fortaleza, negou pedido da defesa do DJ para remover o conteúdo em que ele aparece agredindo a ex-mulher. No pedido, o artista também queria a proibição de Pamella comentar o assunto na imprensa, principalmente “citações à filha”. A magistrada também vetou a solicitação, alegando que não ter observado “qualquer conduta que ultrapasse o direito constitucional da informação ou da liberdade de expressão”.

Diversos famosos se pronunciaram sobre o caso. Cris Cyborg, Marília Mendonça, Juliette e Pocah se manifestaram contra DJ Ivis em suas redes sociais. O cantor Xand Avião, dono da produtora que gerenciava a carreira do músico, disse que ele foi afastado da empresa após a divulgação do caso. Recentemente, Tirulipa tentou defender o músico e foi duramente criticado nas redes sociais.

Mais notícias

Carregar mais