Catia Fonseca detonou o PL 1904/2024, que tramita na Câmara dos Deputados e equipara o aborto após 22 semanas ao crime de homicídio. A proposta imputa a mulheres vítimas de estupro penas maiores do que para estupradores, além de atingir também os casos em que o aborto é permitido pela lei: estupro, risco de vida para a mulher e anencefalia do feto.
“Estamos falando de mulheres estupradas. São muitas mulheres a cada dia. Muitas são computadas nessa estatística e outras tantas que têm vergonha e não vão à delegacia fazer boletim de ocorrência. Em muitos lugares as pessoas por medo não fazem boletim. E ela não tem direito, se ficar grávida, de abortar? Ela tem o direito!", frisou a comunicadora.
A apresentadora ressaltou ainda que o estado precisa ser laico e que não pode se intrometer em assuntos como esse, ainda mais tirando direitos de mulheres que já estão previstos na lei.
“O direito tem que ser da mulher, ela que vai levar aquele filho para a vida. Não poder ser uma religião, não pode ser um político que vá decidir. Somente a mulher tem o direito de decidir. É dela essa obrigação de gerar, de criar. Como que vem um político falar que a religião não permite? Deixe que e mulher decida. O estado tem que ser laico, ele não pode se meter em uma coisa dessa”, frisou.
Catia disse ainda que acredita que caso tivesse sido estuprada talvez decidisse interromper uma gravidez e que não julga mulheres que façam essa escolha.
“A opção tem que ser de cada mulher. A opção tem que ser minha do que quero fazer. E não que tenhamos políticos que escolham isso para a gente que na verdade estão só camuflando coisas que eles não querem que a população foque. Fica uma cortina de fumaça. A mulher que vai fazer o aborto porque foi estuprada vai ter uma pena maior do que do estuprador dela", destacou.