Boletim de ocorrência comprova que Sérgio Hondjakoff estava em clínica fechada pela polícia

Ator gravou um vídeo negando que estivesse internado em instituição para dependentes químicos, após repercussão na mídia

Rauston Naves

O boletim de ocorrência comprova que o ator Sérgio Hondjakoff estava entre os pacientes da clínica para dependentes químicos, que foi fechada pela polícia e pelo Ministério Público em Pindamonhangaba (SP), sob a suspeita de manter os internos em cárcere privado.

Mais conhecido pelo papel de Cabeção na novela Malhação, o ex-global chegou a gravar um vídeo negando que estivesse na instituição. No entanto, o documento obtido pela Band Vale mostra que Sérgio Francisco Hondjakoff Mendonça foi ouvido pela polícia.

As últimas informações do caso foram repercutidas no Melhor da Tarde desta sexta-feira, 16. Segundo a TV Record, o ator teria admitido que mentiu sobre a estadia na clínica em uma tentativa de preservar a família. 

“É com muita vergonha que venho por este áudio pedir desculpas por ter gravado um vídeo ontem negando a minha internação. Peço desculpas a todos. Neguei porque queria preservar minha família, principalmente meu filho de um ano. Não queria que ele soubesse disso um dia”, teria afirmado.

Entenda o caso

O ator Sérgio Hondjakoff, de 36 anos, estava entre os 46 pacientes internados em uma clínica para dependentes químicos, que foi alvo de uma operação policial em Pindamonhangaba na última terça-feira, 3. Segundo o delegado responsável pelo caso, os internos ficavam trancados nos quartos pelo lado de fora e não tinham como sair. 

No congelador da clínica, foram encontrados apenas salsicha e hambúrgueres prontos, alimentação que não correspondia ao valor que era pago pelos familiares das pessoas internadas. O local foi fechado por tempo indeterminado e, durante a vistoria, diversas irregularidades foram encontradas pela polícia e pela Vigilância Sanitária. 

Os pacientes relataram que a clínica impedia o contato deles com os familiares e teria cobrado uma taxa para que eles fossem vacinados contra a Covid-19. A ação do Ministério Público e da Polícia Civil investiga os possíveis crimes de cárcere privado, sequestro, constrangimento e tortura praticados pelos responsáveis contra os internos. 

Segundo o MP, parte dos pacientes também havia sido internado contra a própria vontade e sem autorização devida da Justiça.

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