O conflito entre Israel e o Hamas foi assunto no palco do Melhor da Noite desta segunda-feira (09) e rendeu um depoimento pessoal do repórter Rodrigo Alvarez. Enquanto atualizava os apresentadores Glenda Kozlowski e Zeca Camargo sobre a guerra, o correspondente da Band na Europa revelou que precisou fugir de Israel depois que foi ameaçado de morte pelo Hamas.
Alvarez contou que morava em Israel por conta do trabalho, mas despertou a perseguição do Hamas depois que levou o Padre Fábio de Mello para conhecer outro religioso no país. “Eu tinha ido a Gaza, passei uma semana em Gaza, depois eu voltei e levei até lá o padre Fábio de Mello para ele conhecer o padre Mario, que era uma padre brasileiro, o único em gaza que cuidava dos católicos e dos ortodoxos de lá em uma única igreja”, lembrou.
Segundo Alvarez, o Hamas entendeu que ele e Padre Fábio estariam pregando o cristianismo no país e, por isso, deveriam ser mortos. ““Quando eu fui lá, eles entenderam equivocadamente que eu tinha ido junto com um padre pregar o cristianismo para os moradores de Gaza, o que não era verdade. A gente só foi conhecer a situação do padre Mario lá”, disse.
O padre vinha sendo atacado e ameaçado pela intolerância do Hamas... O Hamas é um grupo extremista, extremamente intolerante, que pretende impor uma lei islâmica.
O jornalista contou que precisou deixar o país às pressas e relembrou ajuda da embaixada do Brasil para deixar o território em segurança. “Eu tive que sair em 48 horas, sai em carros blindados, apoiado pela embaixada brasileira. Eram dois carros blindados, eu e minhas crianças pequenas, fomos para o aeroporto e colocaram a gente dentro do avião. Eu estava recebendo ameaça de morte pelo telefone”, disse.
Apesar do trauma, Alvarez chamou a atenção do público sobre o preconceito com pessoas da Palestina e destacou que elas não são o Hamas. “O Hamas é um grupo intolerante, mas a gente tem que separar. É importante lembrar que o povo palestino não é o Hamas, o povo palestino são duas milhões de pessoas que estão dentro de Gaza nesse momento, cercados, sem luz, com risco de não ter comida e mais nada lá”, completou.