O Melhor da Noite desta quinta-feira (04) repercutiu o caso do rap israelense que tem movimentado as redes sociais ao incitar ódio contra Dua Lipa, Mia Khalifa e Bella Hadid. De acordo com matéria de Rodrigo Alvarez, as cantoras viraram alvo dos artistas Ness Ve Stilla depois de se pronunciarem publicamente sobre a violência contra civis palestinos na guerra contra Israel.

“As três manifestaram publicamente duras críticas ao governo de Israel pelas mortes de civis palestinos e por isso são citadas nesse rap israelense que prega o ódio contra os integrantes do Hamas e também contra o que chama de apoiadores do grupo palestino”, explicou o jornalista.

Na música, que segue disponível nas plataformas de streaming e acumula milhões de visualizações, Ness Ve Stilla afirma que toda pessoa ruim merece ser punida e inclui o nome das famosas como ‘inimigas’ de Israel. “Ness Ve Stilla diz que toda pessoa ruim merece essa punição no fim e logo em seguida menciona os nomes de Dua Lipa, Mia Khalifa e Bella Hadid. “Atire”, eles repetem incansavelmente”, continuou.

Incitação de violência vira protesto contra o YouTube

A música incomodou internautas e ativistas nas redes sociais e uma série de protestos ganhou força contra o Google, empresa dona do YouTube. “O clipe já teve mais de 25 milhões de visualizações no YouTube e continua disponível para quem quiser ver. Ativistas e até funcionários do YouTube já pediram a empresa que pertence a Google para tirar o vídeo do ar, mas o YouTube diz que não tira porque a violência pregada pelos rappers é contra o Hamas, que é considerado um grupo terrorista pelos Estados Unidos e que isso estaria ok de acordo com as políticas da empresa”, contou Rodrigo Alvarez.

O jornalista afirmou que, em resposta, a empresa afirmou que a música de Ness Ve Stilla não foge das políticas da companhia: “O Google entende que o rap não prega a morte dos palestinos inocentes, nem qualquer tipo de violência contra a Dua Lipa e as duas modelos”. Ativistas afirmam que o Google não está sendo parcial na decisão.

“Essa é a acusação feita por aqueles que pedem urgentemente que o rap que incita o ódio e no entendimento de muita gente, o que parece meio óbvio pelo vídeo, pede sim a morte de palestinos e também das três mulheres famosas”, finalizou.