ONU cede casas emergenciais às vítimas de tragédia no Rio Grande do Sul

Maria Beatriz destacou que o apoio da Acnur é para que as pessoas afetadas tenham condições de reconstruírem suas vidas

Da Redação

A retomada da vida normal no Rio Grande do Sul, depois da trágica inundação que afetou mais de 1 milhão de pessoas, segue a passos lentos. No Melhor da Noite desta segunda-feira (27), representante da Acnur, agência da ONU para refugiados, falou sobre a doação de casas temporárias para a população desabrigada do sul do país.

Em entrevista, Maria Beatriz Nogueira, chefe do escritório da Acnur em São Paulo, contou que a agência da ONU foi procurada pelo Ministério do Desenvolvimento Social para ajudar a resolver, mesmo que temporariamente, a situação dos desabrigados do Rio Grande do Sul. “O Ministério do Desenvolvimento Social conhece muito essas unidades, porque nós temos elas instaladas no estado de Roraima, onde nós damos o apoio à chegada constante de refugiados e imigrantes venezuelanos chegando pela fronteira. Nós temos mais de 2.500 dessas unidades instaladas lá”, explicou.

“Entendendo a seriedade da situação, nós oferecemos inicialmente 8, que são as que estão em Boa Vista, que a gente poderia disponibilizar mais rapidamente. E depois essas 200 que estão vindo da nossa operação da Colômbia. A nossa operação do Panamá vai também doar outros itens, lâmpadas solares, colchões. Muitos desses itens já estavam no nosso armazém em Boa Vista e não vão fazer falta beneficiando tanto a população brasileira quanto a população refugiada e imigrante que é de interesse do Acnur”, completou.

Maria Beatriz destacou que o apoio da Acnur é para que as pessoas afetadas tenham condições de reconstruírem suas vidas. “A resposta ideal a uma situação como essa é uma resposta de reconstrução, para que as famílias possam voltar, para unidades residenciais mais sólidas possam ter soluções de aluguel social”, disse. “A ideia é que seja provisório mesmo, o menor tempo possível até que tenha uma previsão de reconstrução”, completou.

“Nossa intenção com as doações e com o nosso time que está em campo junto com os governos locais desenhando a tipologia dos abrigos, desenhando protocolos de gestão desses espaços, é só para apoiar nesse momento difícil com nossa expertise humanitária, torcendo para que ele passe o mais rápido possível que o momento de desenvolvimento, de reconstrução e de normalidade”, finalizou.

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