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Mulher vira brigadista após perder o filho devido fumaça: "Entrei em depressão"

A brigadista contou que entrou em depressão depois da morte do filho e relutou bastante antes de decidir virar parte da equipe de combate ao fogo no Pantanal

Da Redação

Os incêndios no Pantanal tem mobilizado ambientalistas no Brasil inteiro. Nesta terça-feira (09), o repórter Juliano Dip estreou uma série especial para mostrar o combate às chamas e contou a história de Débora Ávila, brigadista da Prevfogo que decidiu entrar para a corporação depois de perder um filho por conta da fumaça no Pantanal.

“Eu tinha meu filho, que nasceu com síndrome de ARC com Edward. Ele tinha problema no pulmão e a fumaça que teve em 2020 invadiu a cidade e ele veio a óbito por conta de uma parada respiratória”, disse ao abrir o coração sobre a motivação para virar combatente do fogo.

Débora contou que a fumaça invadiu a cidade e o bebê ficou exposto em casa e no hospital. “Ele tinha 5 meses. Eu ia no UPA e eles falavam que lá no hospital também tinha fumaça”, disse.

A brigadista contou que entrou em depressão depois da morte do filho e relutou bastante antes de decidir virar parte da equipe de combate ao fogo no Pantanal. “Um amigo meu que entrou no PREVFOGO falou para mim que era para eu entrar e eu falei: 'Eu não gosto de brigadista, era para eles apagarem o fogo e eles não apagaram e meu filho faleceu'. Eu queria culpar alguém”, afirmou. “Eu entrei para a brigada e vi que não era isso. Eles dão o máximo deles, para tentar fazer o melhor”, completou.

Eu estou aqui também para evitar que muitas famílias passem o que eu passei.

Débora Ávila afirmou que o combate ao fogo virou uma de suas missões de vida e uma maneira de aliviar a dor da perda do filho. “Se eu puder estar apagando [o fogo] e evitando um pouco do sofrimento que eu tive, vou fazer isso. Eu gosto disso”, finalizou.