Melhor da Noite

Especialista avalia problemas de segurança em comício de Trump: "Erro grave"

Paulo Storani explicou que o atentado é resultado de um erro grave que pode ter impactado a fase de planejamento da segurança do evento

Da Redação

Donald Trump foi vítima de um atentado, no último sábado (13), durante um comício em Pensilvânia, nos Estados Unidos. No Melhor da Noite desta segunda-feira (15), o especialista em segurança pública, Paulo Storani, avaliou os erros que ‘facilitaram’ o incidente.

Paulo Storani explicou que o atentado é resultado de um erro grave que pode ter impactado a fase de planejamento da segurança do evento. “Tenho dúvida nenhuma que houve um erro grave por parte do planejamento, ou se não foi do planejamento, a execução daquilo que foi planejado”, disse.

“Se nós considerarmos o local, todo um evento dessa natureza, o grupo precursor certamente foi da equipe responsável pela segurança do Trump, nós estamos falando do chamado serviço secreto americano, que fez uma visita ao local, que fez uma avaliação de risco, estabeleceu os perímetros de segurança a partir do ponto em que o ex-presidente estaria fazendo seu discurso”, explicou.

O especialista contou que, nesses casos, todo o perímetro do evento precisa ser desenhado e monitorado, para garantir o sucesso da operação: “Cada perímetro dessa segurança fica sob a responsabilidade de uma força de segurança. E foram aqueles que primeiro chegaram e buscaram ali fazer um escudo humano defendendo de qualquer possibilidade mais disparos que já tinham sido efetuados. E a partir desse perímetro mais próximo dos outros perímetros, existem outras forças de segurança”.

Ali era uma área de extremo risco, tanto que as próprias pessoas que foram assistir o comício viram o momento em que o atirador escalou aquele prédio, rastejou durante um determinado trajeto até a extremidade dele, posicionou sua arma e as pessoas chamando atenção, fazendo ali uma gritaria para que os agentes de segurança vi isso que estava acontecendo e chegou a efetuar uma série de disparos vindo do primeiro deles a atingir de raspão a orelha do ex-presidente. 

“Os protocolos de segurança de autoridades, principalmente parte de determinados eventos, eles existem e boa parte deles foram desenvolvidos até pelo Serviço Secreto americano. Ao meu ver, eles não foram cumpridos. E não existe ali até que determinada distância se torna mais segura ou menos segura. Não. É em qualquer distância em que alguém equipado um determinado equipamento, no caso um fuzil de precisão, pode efetuar disparos contra autoridades. Isso pode chegar a 300 a 400 metros, vai depender muito do equipamento e da capacitação do atirador”, completou.

“A grande lição nesse fato é que, primeiramente, que os protocolos sejam cumpridos. Eles são sempre aplicados, mas, por algum motivo, eles não foram cumpridos nesse evento. Então, responsabilidade de quem deixou de colocar o agente de segurança naquele local que poderia ter evitado uma catástrofe porque pessoas foram mortas e pessoas foram feridas. O que acontece nesse momento, que nessa fase da campanha eleitoral, o ex-presidente Trump não foi oficializado como candidato do Partido Republicano. Então o efetivo que é disponibilizado para a sua proteção, ele é reduzido. E a partir do momento que ele for escolhido pelo partido como candidato, esse efetivo da força dele de proteção vai aumentar consideravelmente e todos os recursos que o Serviço Secreto Americano tem a sua disposição será colocado para a proteção do então candidato do partido que concorrerá a Presidenta da República dos Estados Unidos”, finalizou.