
No segundo dia do Lollapalooza 2025, neste sábado (29), a banda gaúcha Fresno, que fez um show surpresa no espaço Coke Studio, concedeu uma entrevista exclusiva à Band.com.br. Os integrantes refletiram sobre a composição de músicas cheias de emoção, parcerias fora do comum e como se veem em 10 anos.
“Temos um laboratório em casa que colocamos pessoas e vamos cantando até elas chorarem, e vamos anotando 'essa causa 13 ml de lágrima”, brinca o vocalista Lucas Silveira. "A coisa mais difícil que tem é falar de uma coisa extremamente pessoal de uma maneira universal. Às vezes fica muito pessoal. Às vezes causa um negócio ‘nossa, eu senti isso’, ou até mesmo ‘eu queria sentir isso’. Uma coisa comum em filmes. Acho que música é meio isso. Tem umas que pegam muito nessa veia, que as pessoas choram. Eu também, tem várias coisas que gosto e fico emocionadíssimo."
Sobre as músicas favoritas dos fãs, o vocalista afirma que a visão da banda é muito interna. "Mas sempre tem aquelas que achamos que vai ser um estouro e o fã escolhe outra. Não tem como saber.", diz Lucas Silveira.
"Por exemplo, teve uma música que tocávamos em uma turnê, não nessa de agora, que no ranking das plataformas de streaming está em 80º posição. Chama 'A Minha História Não Acaba Aqui'. No show, essa música é muito legal, com um bom refrão. Sentimos que a música não caiu tanto no gosto dos fãs quanto no nosso", diz o guitarrista Gustavo Mantovani, mais conhecido como Vavo.
Entre as parcerias que a banda fez com outros artistas estão Pabllo Vittar, muito popular no pop e Chitãozinho e Xororó, clássicos do sertanejo. A mistura com o emo da Fresno chegou a causar polêmica entre os fãs, mas assim que as canções foram lançadas, a opinião foi unânime: deu muito certo!
"Não é para causar, são pessoas que achamos muito legais. Vai do julgamento das pessoas que acham surreal [esses tipos de parceira]", diz o vocalista. Na avaliação de Lucas Silveira, no primeiro projeto, com a dupla sertaneja Chitãozinho e Xororó, os fãs ficaram muito em choque e falaram que a parceria não tinha 'nada a ver'. "Eles ficaram muito quietos porque, no fim, acharam incrível e foi um negócio muito massa. Acho que essas parcerias surgem até de uma forma meio didática. Como se fosse um aviso: ‘isso aqui também é legal e tem tudo a ver com a gente'".
“Principalmente o que nos guia é o sentimento de ser muito legal ter uma música com determinado artista. Não é no sentido de ganhar play. É um lance de admiração”, diz Lucas Silveira.
Olhando para daqui a 10 anos, os integrantes da Fresno brincam entre nada e tudo mudar. “Acho que não vai mudar muita coisa. Dez anos atrás parecia ontem”, diz Lucas Silveira. Já Mario Camelo afirma que estarão em outro momento de vida. "Acho que a banda acompanhou momentos da vida e vai amadurecendo e virando outra coisa, outros pensamentos e outras premissas", diz o baterista.
Veja a programação completa de sábado, 29 de março
Palco Budweiser
12h45-13h40 - Zudizilla
14h45-15h45 - Drik Barbosa
16h55-17h55 - The Marías
19h05-20h05 - Tate McRae
21h45-23h15 - Shawn Mendes
Palco Samsung Galaxy
12h - 12h45 - Picanha de Chernobill
13h40 - 14h40 - Kamau
15h50 - 16h50 - Marina Lima
18h - 19h - Benson Boone
20h10 - 21h40 - Alanis Morissette
Palco Mike’s Ice
12h45 - 13h40 - Tagua Tagua
14h45 - 15h45 - Sophia Chablau
16h55 - 17h55 - Artemas
19h05 - 20h05 - Wave to Earth
21h45 - 22h45 - Teddy Swims
Palco Perry’s by Fiat
12h - 12h45 - Fatsync
12h45 - 13h45 - Etta
14h - 15h - Samhara
15h15 - 16h15 - Barja
16h30 - 17h30 - Bruno Martini
17h45 - 18h45 - Zerb
19h15 - 20h15 - Kasablanca
20h30 - 21h30 - San Holo
21h45 - 22h45 – Zedd